Os erros gramaticais cometidos pelos jornais e agências de propaganda

Eu me divirto muito ao ver placas como esta na foto ao lado. Ao mesmo tempo, causa-me uma certa irritação em ver que algumas pessoas, como o dono da placa, não se preocupam em querer saber se estão escrevendo corretamente ou não (leptospirose e não letrospirose).

Tudo bem que a Língua Portuguesa não é fácil de ser aprendida, diante de tantas regrinhas difíceis de memorizar, mas a maioria dos erros é simplesmente ortográfica. Pior que não se preocupar com a escrita é quando essas mesmas pessoas detestam ser corrigidas. Isso é o cúmulo da burrice!

Sei que cometo meus erros por aqui, e não vou ficar nem um pouquinho chateado, se alguém enviar uma mensagem apontando minha falha para ser corrigida.

Quando os erros são cometidos por pessoas comuns é fato que se pode desculpar, mas não se pode deixar de apontá-los. Já os erros cometidos por agências de publicidade e imprensa são inescusáveis. Em Imbituba é comum incorreções ortográficas nessas duas áreas.
Os jornais, por exemplo, publicam com grande frequência palavras grafadas de forma totalmente equivocadas, e em muitos casos os erros são crassos, para não dizer ridículos.

É lamentável que não há nenhum órgão que puna a imprensa por cometer erros linguísticos, nem que obrigue esses veículos de comunicação a terem profissionais capacitados para evitar a, digamos, deseducação dos leitores.
As rádios da cidade, também, não ficam de fora. São bastante comuns nas propagandas e nas falas dos radialistas os erros de pronúncia.

Quando eu escrevia para um jornal de Imbituba, há mais de 10 anos, passei a chamar a atenção dos leitores para esse problema. E, certa vez, uma grande loja escreveu em um outdoor a palavra "lençol" com "s". Isso fez com que eu fizesse uma piada de que o lençol não devia ser de boa qualidade. Imediatamente, a loja corrigiu o erro.

Em março de 2006, a Câmara de Vereadores de Criciúma aprovou projeto de lei que previa a punição das agências de publicidade que "assassinassem" a Língua Portuguesa. A pena chegaria até um mil reais. Segundo o que li na época, a lei seria sancionada pelo prefeito, mas não tenho conhecimento se isso aconteceu.

Penso que a mídia tem o dever de contribuir para a boa educação do povo, mas não é bem isso o que acontece. E penso que esse dever é inversamente proporcional ao tamanho da cidade. Quanto menor ela seja, maior será a responsabilidade dos meios de comunicação.

(A foto foi feita por mim, na cidade de Florianópolis)

4 comentários:

  1. Nó no Nómarço 14, 2010

    Todo jornal antes de chegar nas bancas deveria ser revisado, pois são fontes de informação e de pesquisa. Os erros de português em jornais não devem ser vistos como insignificantes e sem importância, pois a linguagem é o instrumento de trabalho do jornalista. A nossa imprensa, jornal e radio, é o retrato mais ou menos da sociedade mal alfabetizada, escreve mal, na maioria, porque estudou mal, leu e lê mal, como a maioria da população do Brasil.

    Não sei se foi de propósito, mas no segundo parágrafo, foi digitado “preocuar”.

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  2. Nó no Nó, já corrigi. Não foi proposital não, foi erro de digitação. Obrigado.

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  3. Concordo plenamente com os autores acima.
    Eu sei que dou umas boas erradas,mas é falta de atenção ao digitar, bem sou nova nesta maquina, e aprendi a usar sozinha, não sabia nada de digitação. mas com o tempo vamos aprendendo. Tbm não ficarei chateada se alguém me corrigir. Sempre digo: que quero morrer aprendendo, claro com 200anos. rsrs mas até la tenho muito que apreender do mundo moderno e evolução das maquinas.
    Meu pai gostava de ler, e nos passava estes valores da leitura em vós alta, caso contrário nunca iriamos entender o q lemos e com isto escrever errado.
    Comecei a gostar de história e filosofia com meu falecido marido, era um devorador de livros. Sabia tudo sobre a história universal, era fascinado pela segunda guerra sabia tudo. qualquer pergunta sobre o assunto, ele nos dava o motivo do acontecido a hora e local tipo de avião navio coisas assim.Eu ficava fascinada com uma mente tão privilegiada.
    Meus filhos aprenderam a ler com gibis tipo tio patinhas, luluzina e outros da época.
    Nem todos que escrevem errado são analfabetos, a maioria escreve como fala.
    Isto é falta de leitura. As escolas de hoje não se tem mais aulas de leituras e as bibliotecas são muito pobres, não tem atrativo para a criança. Se for no ensino regular, a maioria dos alunos de 4º e até mesmo de 6º séries não sabem ler, soletram.eu não tenho culpa mas sou antiga, no meu tempo de escola, se não soubesse ler escrever com uma caligrafia razoável, e as 4 operações matemáticas, não tinha chances de ir para série do primário.
    Concordo que os jornais teriam que ser revisados, pois muitas escolas ja usam como material de trabalho.Se estes vão com erros ortográficos,ja somos carentes de leitura ai então que tudo vai ficar pior. e não são só os jornais tem muitos livros didáticos com erros.
    Mas enquanto nossos políticos puderem aproveitar desta falta de cultura ou educação, o Brasil vai continuar assim. Boa bibliotecas se fazem necessárias em qualquer cidadezinha.

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  4. ERRATA: Não fiz a conclusão. Se não soubesse ler escrever com uma caligrafia razoável, e as 4 operações matemáticas, não tinha chances de ir para* 2ª série do primário.) naquele tempo era dureza, só passava quem sabia.. Desculpem. obrigada.

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