Jorge Coelho lança o livro "Triângulo das Bernunças"
Como eu tinha um compromisso hoje cedo, não pude ficar até o fim daquele grande espetáculo, em cujo palco revezaram-se João Rosa, João Rodrigues e Sueli (The Claytons), Igor, Dorlin, Geo, Ferreira, Tavinho e Bernardo, que homenagearam o simpaticíssimo e talentoso Jorge.
Quem não foi, perdeu uma boa oportunidade de ouvir boa música cantada e tocada por excelentes músicos da cidade. Isso sem contar as hilárias histórias de Jorge, como também seu emocionante relato de alguns momentos de sua vida e de sua luta contra o mal de parkinson, que busca no violão e na música sua força para seguir adiante.
E em meio a seus relatos, Jorge agradeceu às pessoas que compareceram - e que o ouviam atentamente - e disse: "prefiro ter 200 amigos a 500 mil eleitores!"
Diante daquele maravilhoso evento, fiquei pensando sobre a questão cultural em Imbituba. Com tantos imbitubenses talentosos, muito pouco se faz para promovê-los. Muito pouco se faz para divulgar. E a população, ou por não saber, ou por não querer saber, deixou de participar e assistir àquelas apresentações musicais sensacionais. Momentos de puro e sadio lazer, momentos de energia para a vida e a alma.
Pensava eu: tantos showzinhos medíocres são comprados por fortunas e realizados na Zimba, cuja a maioria de adolescentes e jovens pagam ingressos para ouvir letras sem sentido e músicos de valor questionável. Ali, naquele momento, sem pagar nada, sem qualquer investimento público (acho eu), podia-se viver raro momento de cultura musical em Imbituba.
Paga-se para ver futebol. Paga-se para entrar em clubes e dançar ao som de músicas de gosto duvidoso. Paga-se para participar de inúmeros eventos que em nada tem de cultural.
Quando aparece um político de fora, aglomeram-se multidões para ouvir abobrinhas, inverdades e promessas que nunca serão cumpridas, e ainda aplaudem. Mas esses mesmos imbitubenses, que criticam a falta de opções de lazer noturno, são os mesmos que não prestigiam eventos como o de ontem, mesmo sendo gratuito.
Mas como gosto de divulgar o que é bom, deixo aqui um pouquinho do que vocês perderam. Deixo alguns momentos de Jorge Coelho e Igor do Canto Perfeito.
'Pena' você tem toda razão!
ResponderExcluirNa minha opinião o buraco é ainda mais em baixo...
Jorge Coelho é talvez o mais forte exemplo de quem cultiva a NOSSA verdadeira identidade cultural!
Infelizmente esta identidade não é valorizada pela mídia local e muito menos pela nacional...
Como o povo é facilmente hipnotizado pela mídia, acaba esquecendo de nossa história e de nossa força.
Acaba torcendo pelo flamengo (ou pelo vasco.. tanto faz..) canta música sertaneja, já dançou lambada, já desceu na 'boquinha da garrafa', gosta de música pseudo indiana e só Deus sabe do que vai gostar no futuro...
Uma pessoa sem identidade, não sabe o que é, não sabe o que vai ser, fica sem rumo.
Um povo feito de pessoas sem identidade é um povo sem cultura.
E a cultura é um dos caminhos para a construção de sociedade melhor!
Arthur Cavalcanti Ladenthin
Arthur, parabéns pela sua crítica!
ResponderExcluirAqui, em Imbituba, nenhuma das duas rádios toca as músicas de Jorge, preferindo tocar essas merdas engarrafadas que boa parte da população gosta de ouvir. E as rádios, portanto, têm uma enorme parcela de culpa pela falta de cultura. Elas podem contribuir bastante ou não com a alienação do povo brasileiro. E se sabendo que a maioria das rádios são de políticos, evidentemente que quanto mais alienação, melhor.
Obrigado por retornar.