Na manhã do último sábado, fui até o Centro para caminhar e, quem sabe, encontrar algum colega que há tempo não via. Afinal, com um feriadão desses, muitos que residem longe da terrinha aproveitam para visitar parentes e amigos.
E a temperatura estava muito agradável para se ficar à calçada batendo um papo e vendo a movimentação intensa nas ruas centrais. Entretanto, haja paciência para um fato!
Eu já escrevi vários artigos sobre o problema de ruído provocado pelas propagandas sonoroas no Centro, disparadas por megafone e caixas de som que transitam sobre os carros. Mas não sou ouvido. Talvez, ninguém me ouça por causa do barulho.
Já demonstrei o mal que isso pode causar. Já expliquei todas as questões legais envolvidas. Já relatei os incômodos que são vividos por quem necessita de atenção para trabalhar. Já fiz quase tudo. Talvez, se eu pegar um megafone e ir pra frente da SEDURB, eu serei ouvido?
Sábado, durante o tempo em que estive no Centro, contei pelo menos seis pessoas fazendo propaganda sonorizada. Houve momentos em que pelo menos três delas despejavam barulho ao mesmo tempo, no trecho compreendido entre a rótula da Rua Irineu Bornhausen e a da Rua Ernani Cotrin. Era uma verdadeira Torre de Babel - já usei esse termo antes. Para se conversar, só gritando!
Em várias oportunidades, ao ser atendido no comércio local, o atendimento teve de ser suspenso até que o carro de som passasse. Não havia como ouvir um ao outro.
Afora os veículos, há aqueles comerciantes que colocam caixas de som nas portas de suas lojas para fazerem suas propagandas, ou simplesmente para tocar músicas.
Vou contar um segredo a vocês. Já pensei em contratar umas quatro pessoas e dar a cada uma delas um megafone. Colocá-las em pontos estratégicos no Centro, só pra ver o que aconteceria. Acredito que assim disciplinariam a bagunça.
Tudo bem que a propaganda é a arma do negócio, mas tem de saber usá-la.
O ruído excessivo é um dos maiores problemas ao meio ambiente.
A muito tempo já havia observado essa pouco vergonha, é uma total falta de respeito para com o cidadão. Sei que quem trabalha com sonorização precisa de seu ganha pão, mas, sejamos claros tudo tem limite, nossos ouvidos não são penicos. Se já existe uma lei que regulamente o volume desses carros de som, que seja aplicada,se não há, eis ai uma sugestão para os nobres vereadores defenderem nossos interesses, afinal somos nós que pagamos seus salários. Vamos botar ordem na casa gente!
ResponderExcluirEstácio
Eu tenho um nome para este problema. Seu nome é Poluição Sonora e como tal deve ser resolvido.
ResponderExcluirÉ importante esclarecer que a poluição sonora não é, ao contrário do que pode parecer numa primeira análise, um mero problema de desconforto acústico.
Atualmente o ruído passou a constituir um dos principais problemas ambientais dos grandes centros urbanos e eminentemente uma preocupação com a saúde pública.
Trata-se de fato comprovado pela ciência médica os malefícios que o barulho causam à saúde. Os ruídos excessivos provocam perturbação da saúde mental.
Além do que, poluição sonora ofende o meio ambiente e conseqüentemente afeta o interesse difuso e coletivo, à medida em que os níveis excessivos de sons e ruídos causam deterioração na qualidade de vida, na relação entre as pessoas, sobretudo quando acima dos limites suportáveis pelo ouvido humano ou prejudiciais ao repouso noturno e ao sossego público, em especial nos grandes centros urbanos.
Os especialistas da área da saúde auditiva informam que ficar surdo é só uma das conseqüências.
Os ruídos são responsáveis por inúmeros outros problemas como a redução da capacidade de comunicação e de memorização, perda ou diminuição da audição e do sono, envelhecimento prematuro, distúrbios neurológicos, cardíacos, circulatórios e gástricos.
Muitas de suas conseqüências perniciosas são produzidas inclusive, de modo sorrateiro, sem que a própria vítima se dê conta.
O resultado mais traiçoeiro ocorre em níveis moderados de ruído, porque lentamente vão causando estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e problemas auditivos. Além disso, sintomas secundários aparecem tais como: aumento da pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual.
Estácio, a SEDURB é o órgão que tem poderes para resolver o problema. Pode ser usado o Código de Posturas.
ResponderExcluirSe colocam força policial para resolver os problemas de alvarás e de som nos estabelecimentos comerciais, o mesmo não fazem frente ao problema em tela, de poluição sonora. Na minha visão, dois pesos e duas medidas.
Cândido, seu comentário vem corroborar o que já escrevi nos artigos mencionados no fim deste post.
O PIOR DISTO TUDO É ATURAR O ZÉ FRANSCISCO FALANDO ASNEIRA O DIA TODO
ResponderExcluirRenildo Ferreira:
ResponderExcluirNão sou contra serviço de sonorização ambulante e nem porta de loja. Mas concordo que deva haver uma regulamentação, pois tem gente qua passa dos limites.
Renildo, o que se deseja é mesmo isso: organizar, disciplinar e respeitar os ouvidos de quem também está trabalhando.
ResponderExcluirAcesse o link "Carros de som...", ao final do post acima, e leia o comentário feito por Jedson Morais.
Obrigado por sua participação!