100 dias de governo

Em dezembro de 2016, eu participei em Florianópolis do I Encontro de Políticos Liberais. Dentre os participantes estavam os vereadores Rodrigo Saraiva (Livres), de Fortaleza, Bruno Souza (PSB), de Florianópolis, e Felipe Camozzato (NOVO), de Porto Alegre.

Dentre muitas informações difundidas, havia uma que me chamou a atenção: as eleições, após o dia da votação, duram seis meses. Ou seja, finalizadas as eleições em outubro, a euforia e o debate sobre ganhadores e perdedores duram até a posse, e, depois, mais três meses, sobre a expectativa dos nomes de comando e das realizações dos futuros governos. As eleições, portanto, acabaram hoje: 10 de abril.

Hoje, no meu perfil em rede social, publiquei: Lembram quando eu escrevi que 100 dias eram o marco das administrações mostrarem a que vieram? Hoje é o 100° dia. O que se lê na mídia catarinense é uma choradeira de novos prefeitos colocando a culpa nos seus antecessores, frente à incapacidade de mostrar serviço, algum diferencial, nestes 3 primeiros meses. Ora, não seria a lógica de que eles foram eleitos justamente porque a população não aprovou os antecessores? Se os antecessores fossem melhores, seriam reeleitos ou elegeriam seus sucessores.
A população, em qualquer lugar do País, quer mais competência, mais austeridade na administração e menos desculpas.

Afinal, e como comentei por lá, se você possui uma empresa e contrata um novo gerente, porque o anterior era ruim, você o contratou para resolver os problemas de sua empresa e não para reclamar do gerente anterior.

Eu soube que minha publicação revoltou alguns imbitubenses. Alguns deles se manifestaram no meu perfil. A revolta não faz sentido. Isso porque eu falava "das administrações". Mas sabe como é. Muitos não possuem uma visão ampla; chegam a ser caolhos. Ou só pensam no tal "coletivo" quando estão inseridos nele.

Mas vamos continuar, aqui.

A partir de agora, os governos que não apresentaram mudanças relevantes à população sofrerão um desgaste natural. Aquele entusiasmo da vitória vai arrefecendo. O apoio popular e político vão diminuindo. Quem está governando começa a correr contra o relógio, porque ano que vem, novamente, há eleições. As coligações feitas no ano passado, para ganhar o pleito, podem sofrer abalos com as novas conjunturas político-partidárias que passam a ser tratadas no segundo semestre deste ano, para elegerem deputados, senadores e governadores. Os governantes municipais, então, dividem seu tempo entre administrar suas cidades e a angariar apoios políticos para as eleições de 2018.

Manter uma base local coesa, de forma que não seja atritada por novas composições partidárias visando a 2018 pode custar muito caro, não só para quem está governando, mas, e principalmente pra variar, para a população.

Não quero, neste momento, falar da política local. Isso eu deixo para os meus críticos de plantão.
E deixou, também, uma mensagem minha: quando se defende pessoas, ao ponto de transformá-las em ídolos, condena-se a mente a viver na escuridão.

Abraço a todos!

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