O que fazer com o seu lixo?
Quem costuma ler este blog, sabe que desde o início eu venho publicando artigos cobrando uma cidade mais limpa e exigindo tanto do Poder Público quanto da população ações que visem ao mesmo objetivo.
Ontem, li uma matéria no jornal O Popular sobre a promessa da prefeitura em notificar e multar aqueles moradores que não efetuam a limpeza de terrenos particulares não ocupados.
A matéria teria sido feita com base nas informações do secretário da SEDURB, Ramiris Ferreira, que também disse que "outro problema muito comum no município são os entulhos e restos de móveis depositados nos canteiros municipais", e não cabe ao município, através dos "coletores de lixo", o "recolhimento desses despejos".
Até aí tudo bem.
Lembram quando eu escrevi o artigo "Para onde vai o lixo de Imbituba e quais as soluções para ele?"
Nele, eu indiquei problemas e soluções para determinados tipos de resíduos, sólidos e líquidos.
Recentemente, numa ação de iniciativa da OAB de Imbituba, o lixo eletrônico da cidade passou a ter um destino adequado. Aquelas pilhas velhas que você costuma jogar na lixeira de sua casa e são altamente tóxicas ao meio ambiente - e consequentemente a nós - poderão agora ser entregues no Supermercado Althoff, de onde serão levadas para o destino apropriado. Lá, também poderão ser entregues baterias de celular, lâmpadas fluorescentes, celulares, gabinetes, mouses, monitores e teclados de computador, scanner, impressoras, etc.
E quanto aos sofás que costumamos ver nos canteiros das vias? E aquilo que sobrou da limpeza no seu terreno? E os galhos das árvores podadas em sua residência? E os restos de construção? Para onde você vai levar tudo isso? Eis o problema!
É preciso que a prefeitura tenha um lugar para que as pessoas possam destinar tudo isso. Não basta apenas dizer que não pode colocar aqui ou ali. Tem de informar onde pode ser depositado, pois de outra forma continuará a aparecer lixo em qualquer lugar, e não serão as prometidas notificações que vão pôr fim nessa novela.
A própria Lei dos Resíduos Sólidos, aprovada no ano passado, determina que os municípios terão de criar aterros sanitários, com as devidas licenças ambientais.
Como a maior parte do lixo doméstico de Imbituba viaja para outra cidade, é bom pensar que algumas populações que vivem em municípios receptores de lixo alienígena começam a se manifestar contra isso. O próprio Ministério Público tem atuado no combate a esse tipo de lixão que recepciona lixo alheio. E não vai demorar muito para que cada município tenha que lavar sua própria roupa suja, não podendo enviar pra lavanderia vizinha. Portanto, a administração atual deve - se ainda não começou - escolher local e projetar um aterro sanitário para iniciar nos próximos anos. E deve pensar rápido!
Enquanto isso não acontece, a prefeitura deve escolher o local mais apropriado para se destinar os sofás, as louças sanitárias, o televisor velho, tijolos, azulejos...
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