Depois de que notícias foram veiculadas na mídia estadual, bem como em redes sociais, dando conta de que o prédio do Forum da Comarca de Imbituba tinha sido alvo de atentado, a Polícia Civil, através de seu perfil no
Twitter, divulgou nota sobre esses noticiários.
Pelo menos duas pessoas com quem falei, oriundas da Capital, informaram que as notícias divulgadas por lá eram que o forum sofreu uma ameaça de bomba.
Muito embora a imagem do prédio do forum, como se vê na foto acima, não é das melhores, em razão da reforma que está em andamento, não houve nenhum atentado que provocasse tal aparência.
Segue a nota divulgada pela Polícia Civil:
Atentado contra o forum de Imbituba": informamos que, muito embora esteja sendo realizada investigação sobre o fato, não há, a princípio, qualquer indício que vincule aos atentados que estão ocorrendo em Santa Catarina, mas, sim, a um ato isolado com intuito de causar intranquilidade na população local.
Diante das várias notícias e boatos, esclarecemos que nenhum dano foi causado ao prédio no qual funciona o forum desta Comarca, pois a pedra foi encontrada no pátio do prédio. O bilhete manuscrito que envolvia tal objeto não faz menção a qualquer facção criminosa ou aos atentados que estão ocorrendo. As notícias até então divulgadas não passam de ilações irresponsáveis.
Hoje à tarde, recebi da Fecomércio a notícia de que os atentados no estado já estão causando prejuízos ao comércio catarinense, conforme levantamento realizado:
Levantamento mostra que comércio da Capital é o que mais sofre com os atentados
Queda no faturamento, mudança na rotina de trabalho e muita insegurança. Estes são alguns dos efeitos que o comércio catarinense tem amargado desde o início dos atentados no Estado, situação que a Fecomércio-SC pôde constatar durante levantamento, executado na semana passada, com empresários e gestores de lojas em cinco municípios.
O estudo (leia a íntegra do relatório
aqui) analisou o impacto da onda vandalismo nas cidades de Florianópolis, Joinville, Balneário Camboriú, Chapecó e Itajaí, totalizando 116 entrevistas. A conclusão não surpreende: a Capital é o lugar onde o comércio está mais fragilizado. Em Florianópolis, 95% dos entrevistados alegaram estar se sentindo muito inseguros ou inseguros, seguidos pelos entrevistados de Itajaí (85%) e de Chapecó (64%).
Outro dado relevante é que nenhum dos entrevistados alegou estar se sentindo muito seguro. No entanto, o cenário é diferente em Balneário Camboriú e Joinville, onde a maioria dos pesquisados disseram estar segura: 77% e 72%, respectivamente. Convertendo a sensação de segurança em pontos de 4 a 0, para medir o grau de insegurança, foi apurado que a Capital é o lugar pesquisado no qual as pessoas se sentem mais desprotegidas.
Em relação a mudanças nas rotinas de trabalho por conta dos atentados, Florianópolis também foi a cidade que apresentou o maior percentual de empresas que tiveram de ajustar o expediente: 81% disseram ter adotado alternativas, como reduzir horário de atendimento, oferecer transporte aos funcionários e mudança nos turnos. Situação bem diferente do que se observou em Itajaí e Chapecó, onde não teria havido mudança no cotidiano do comércio.
A Fecomércio-SC abriu espaço para as manifestações e opiniões dos entrevistados. A coleta destes depoimentos mostra que as questões relacionadas à segurança são as mais citadas. Trata-se de depoimentos que vão desde a sensação de insegurança até a indignação com a atual situação de instabilidade. A cobrança por medidas públicas mais eficientes e reforço no policiamento alcança as 2ª e 3ª posições em número de citações. Os próximos itens mencionados foram a melhoria na segurança dos transportes coletivos e maior rigor nas leis, incluindo revisão da maioridade penal.
Posicionamento da Fecomércio-SC
Nesta semana, os prejuízos de empresários, consumidores e trabalhadores aumentaram por causa da redução nos horários de funcionamento do transporte coletivo na Grande Florianópolis. A situação, que já era preocupante, chegou a níveis extremos, colocando em risco a integridade da população e, também, exigindo que o setor do comércio dispenda de recursos extras para se manter aberto, em pleno funcionamento.
A Fecomércio-SC reitera que a classe empresarial tem adotado todas as medidas de orientação para manter a regularidade de atendimento dos estabelecimentos comerciais, como contratar transporte exclusivo e adequar horários de trabalho para que o trabalhador possa chegar em casa com segurança. As ações visam garantir ainda que o consumidor possa ter acesso aos produtos que procura sem dificuldade. Porém, diante do quadro de insegurança que se vive, o preço que o comércio e a comunidade tem pago é cada vez mais alto.
Empenhada em colaborar para que a sociedade catarinense possa voltar à normalidade, a entidade espera e confia que o Estado cumpra com seu papel de assegurar a segurança que consumidores, empresários e trabalhadores aguardam para retomar suas rotinas.
Na minha opinião, o que está ocorrendo em Santa Catarina é reflexo da sucessão de erros cometidos pelos governos ao administrarem a segurança pública.
Enquanto adquiriam viaturas e mais viaturas, com fotos para a mídia e solenidades - gastos - desnecessárias no momento de entregá-las nos respectivos órgãos policiais, o efetivo policial, a remuneração dos agentes e a estrutura para agir contra a criminalidade ficou à margem até do que poderia ser satisfatório.
A continuar essa política equivocada no gerenciamento dessa área tão importante para a sociedade e ao próprio Estado Democrático de Direito, a situação permanecerá a mesma. E, tendo em vista as próximas eleições, sem qualquer sinal de oposição no horizonte, com a população votando na continuidade dessa
poli aliança partidária, serão mais quatro anos com os mesmos problemas que vemos nos noticiários. É o que penso.
Muito bom.Principalmente o último parágrafo.
ResponderExcluirA população catarinense parece estar inebriada diante desse governo.
ExcluirSe considerarmos que o Atentado é um ato de violência que visa causar algum dano ou mesmo destruir algo ou alguém, e que tem uma motivação ideológica (seja ela religiosa, política, moral), o que aconteceu no Fórum foi um atentado, um desrespeito ao poder judiciário, um alerta de que nem ele estaria a salvo, com a finalidade ideológica de desestruturar o poder constituído, o que não assegura ter sido idealizado por alguma facção criminosa, mas com certeza foi por simpatizantes delas.
ResponderExcluirAs notícias que li na mídia e comentei não falavam de bomba e nem comentavam o estado do prédio como foi mostrado agora.
Quanto à queda no faturamento, mudança na rotina de trabalho e muita insegurança que o comércio sentiu a meu ver foi uma estratégia dos marginais que deu certo, pois de prédios públicos somente foram atacados os policiais ou afins. A polícia foi à única entidade que os combateu, e sem comando. Os deputados estaduais e federais do estado não se manifestaram uma única vez que eu saiba.
As cobranças por medidas publica mais eficientes na área de segurança passa obrigatoriamente pela mudança na maneira como são escolhidos os responsáveis pelas secretarias e pastas, cargos que devem ser preenchidos por funcionários de carreira que foram treinados, e diariamente, no exercício de suas funções, tem estes conhecimentos ampliados, pois as organizações criminosas não são estáticas, pelo contrário, são dinâmicas. Tem que se dar um basta nestas nomeações de afiliados políticos que lá estão somente para fazer campanha de seus padrinhos.
Mudanças no Código Penal são urgentes e necessárias, alterar a maioridade penal só não bastará, tem que acabar com certos privilégios que contam os transgressores quando enclausurados.
Esperar que o Estado cumpra com seu papel de assegurar a segurança desejada não basta, temos que participar das campanhas eleitorais e escolher representantes sem paixão política, corporativismo e vantagens imediatas.
Uma das pessoas que falou em bomba foi um advogado que veio a Imbituba e encontrou o forum fechado. Suspeitou que o fechamento tinha sido decorrente do tal "atentado". Segundo ele, teria ouvido em algum noticiário da Capital que havia ocorrido um atentado a bomba.
ExcluirCom referência à imagem do prédio, foi só um comentário jocoso.
Na minha opinião, não há crime organizado, se agentes estatais (funcionários, políticos) não participam dele.
O sistema prisional brasileiro há muito tempo já provou que não está servindo para quase nada. Mudanças são necessárias. Entupir celas e tratar desumanamente os presos, como muitos acreditam que é assim que tem de ser, não é a receita para diminuir a criminalidade. Se isso resolvesse, não teríamos criminalidade crescente no país.
Um dos motivos que tem atrasado meus comentários no Blog era por falta de tempo, consumia-o no acompanhamento e divulgando no Face o que estava ocorrendo segundo a mídia local e conferíamos a fonte e sua credibilidade. Mesmo com todo o cuidado que tínhamos houve o caso do metralhamento de uma aeronave divulgado pelo Terra e compartilhado por mim, que causou dúvidas em minha advogada sobre a veracidade , pois ela procurou no terra e não encontrou, eles esconderam mas não excluíram e mais tarde numa notícia do Diário do Sul o incidente também foi comentado.
Excluirhttp://noticias.terra.com.br/brasil/policia/homens-disparam-contra-helicoptero-da-pm-em-florianopolis,934b3368d15dc310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
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Elisângela Eli POUCOS COMENTÁRIOS, SERÁ VERIDICO?
14 de fevereiro às 21:46 •
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Cesar Totti Não encontrei materia em outro jornal, mas o link continua abrindo.
Os jornais publicaram diversas entrevistas com a Secretaria da Justiça com teores diferenciados o que causou dúvidas aos leitores.
Em momento algum coloquei dúvidas nas afirmações do advogado que te informou e muito menos em relação a tua postagem, estávamos vivendo um clima confuso.
Atualmente o nível de confiança nas reportagens é bem maior, embora o senhor Governador tenha dito que o comando das ações estariam a cargo do comandante da PM e nada tenha sido comentado por ele após o início das operações conjuntas das forças estaduais e federal.
O importante Sergio, é que as polícias estão agindo. Não dependem de vontade política. Fazem seu serviço e bem feito. Eu sempre acreditei nisso, tanto é que postei na véspera do início das ações dois pensamentos meu:
Dia 14.2.2013 postei na minha Linha do Tempo do Face o seguinte:
“Neste confronto (medição de forças) em que se enfrentam de um lado o Poder Constituído e do outro o Poder Paralelo, o segundo Poder está demonstrando uma logística impressionante, por sua vez o primeiro Poder está sem saber o que fazer. Procura de todas as maneiras mascarar o que vem acontecendo. Classificam as ações dos adversários em três tipos: Atentados, Terrorismo e Vandalismo. Pergunto eu: qual a diferença¿ O Poder Paralelo quer mostrar força, criar insegurança, desestruturar o estado, impor medo à população, paralisar as atividades normais, e está conseguindo.
Um alerta, este menores que estariam fazendo simplesmente atos de vandalismo segundo os governantes e seus representantes, estão também buscando uma posição hierárquica melhor dentro das organizações criminosas, se passarem nos testes logo logo estarão fazendo o que vocês classificam como Atentado e Terrorismo”.
No dia 15.2.2013
O Face perguntou no que estou pensando. Resposta:
Visor – Rafael Martins publicou:
Três operações policiais estão em curso em Santa Catarina neste momento: a primeira, a imediata intervenção da FN na transferência dos detentos para os presídios federais.
A intenção é que esta etapa dos trabalhos já esteja concluída até este sábado.
A segunda seria as prisões dos criminosos que ainda estão em liberdade
A terceira parte prevê a imediata ocupação das regiões consideradas de alto risco.
Significado de Intervenção
“Bras. Ação direta do governo federal em um Estado da Federação e, p. ext., do governo estadual em um município”.
- Prisão dos criminosos que ainda estão em liberdade.
- Imediata ocupação das regiões consideradas de alto risco.
A intervenção foi necessária por falta de um comando corajoso, tenho convicção que o PPT Estadual faria esta transferência se fosse ordenada.
A prisão dos criminosos também poderia ser feita por ações em conjunto da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Elas têm provado isso.
A ocupação das áreas de risco fica difícil prever, por desconhecer o tamanho dela e por saber que tanto a Militar como a Civil está devasada em número de pessoal necessário.