Os asiáticos na Nova Zelândia

Por Karin Vieira Roussenq

Quando decidi vir para Nova Zelândia, sabia que o número de brasileiros aqui era grande. Chegaram a me aconselhar a tomar cuidado ao conversar na rua, porque a pessoa ao lado poderia ser brasileira. (rsrsrs)

Realmente, têm muitos brasileiros aqui, e é fácil encontrá-los – e identificá-los – nas ruas de Auckland. Seja através de uma camisa de futebol do Brasil, seja através de um par de Havaianas nos pés, com a bandeirinha do nosso país (apesar de que aqui também tem loja das Havaianas e o povo simplesmente adooooora), seja por ouvir algumas palavras em português, em alguma esquina.

Karin Vieira Roussenq
Mas o que mais me impressionou assim que cheguei foi a quantidade de asiáticos que aqui vivem. Chineses, japoneses, coreanos... Estão por toda a parte!

O número de asiáticos vivendo em Auckland gira em torno de 19%, enquanto que em toda a Nova Zelândia o número é de aproximadamente 9%.  E segundo as projeções realizadas aqui, a população asiática é a que terá maior percentual de crescimento até 2026.

Uma desvantagem deste fato (no meu modo de ver) é que, como os asiáticos são em grande número, eles acabam convivendo e trabalhando somente em meio a asiáticos, pois conseguem emprego em estabelecimentos dirigidos por pessoas de mesma nacionalidade, o que não exige deles saber muito inglês. Um chinês que conheci aqui, que trabalha como Chef em um café, perguntou por quanto tempo eu estudei inglês, porque, disse ele, meu inglês é muito bom. Ele disse ter estudado por dois anos, mas não consegue se comunicar muito bem em inglês e, palavras dele, “o lado bom é que eu posso viver aqui sem o inglês”, em virtude dessa grande quantidade de asiáticos - no caso dele, chineses.

Consequência dessa numerosa população, a cidade está repleta de decoração com lanternas chinesas, em comemoração ao Ano Novo Chinês. Este é o ano da cobra (vai ter muita gente comemorando esse ano, mesmo sem ter nascido na China.. brincadeirinha!!)

E aproveitando as comemorações, ontem (25) fui ao Albert Park para ver de pertinho um pouco da cultura chinesa. Estava acontecendo lá, desde sexta-feira, o Lantern Festival 2013 (Festival das Lanternas 2013). O parque estava repleto de decorações com motivos chineses, comidas típicas, barracas com diversos objetos da cultura chinesa à venda. Mas o melhor da festa acontecia quando a noite caía e as luzes davam vida ao colorido das diversas lanternas espalhadas pelo parque. Tirei algumas fotos para mostrar para vocês, mas a qualidade da câmera não é lá muito boa. Mas dá para ter uma ideia do que estava rolando no festival.

E por trás de toda essa beleza de luzes e cores está a delicadeza das mulheres, a inteligência e a astúcia que faz os asiáticos tão bons em tecnologia, e o que nos faz mais diferentes deles, além dos olhinhos puxados: a cultura.

Tenho amigos coreanos, chineses, e duas das minhas amigas coreanas, vez ou outra, contam um pouco sobre a cultura delas. Um dos assuntos interessantes diz respeito ao casamento. Ontem, uma delas me contava que se separou do marido, e sua família, mesmo após 4 anos de separação, ainda insiste para que ela volte para ele, pois o casamento deve ser para sempre, devendo o casal permanecer unido, apesar de todos os acontecimentos. Acho que isso se equipara um pouco ao pensamento de nossos ascendentes, nossos avós – dependendo da idade de cada um que está lendo este texto – foram criados com esse mesmo ensinamento: "Casamento é algo para durar a vida toda."  Entretanto, com a frequente mudança de costumes e leis, hoje no Brasil é possível se casar em um dia e se separar já no dia seguinte. Basta querer – ou não querer, dependendo do ponto de vista. E isso é completamente aceitável em nossa cultura.

Enquanto isso, do outro lado do mundo...

2 comentários:

  1. Muito bom conhecer um pouco sobre a vida em Nova Zelândia. Valeu a leitura. Beijo,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu gosto muito desse gênero de artigo, de conhecer a vida e a cultura em outros países, e, por isso, sempre quis que alguém que morasse fora do Brasil escrevesse para o blog. Sei, porém, que o assunto não interessa a muita gente, mas não quero limitar este blog a um só tipo de leitor. Quero variedades e bom nível de artigos. E até agora estou feliz por ter Karin neste blog.

      Excluir

Seu comentário não será exibido imediatamente.

Para você enviar um comentário é necessário ter uma conta do Google.
Ex.: escreva seu comentário, escolha "Conta do Google" e clique em "postar comentário".

Caso você deseje saber se seu comentário foi respondido ou se outros leitores fizeram comentários no mesmo artigo, você poderá receber notificação por email. Para tanto, você deverá estar logado em sua conta e clicar em Inscrever-se por email, logo abaixo da caixa de comentários.

Eu me reservo ao direito de não aceitar ou de excluir parte de comentários que sejam ofensivos, discriminatórios ou cujos teores sejam suspeitos de não apresentar veracidade, ainda que o autor se identifique.

Comentários que não tenham qualquer relação com a postagem não serão publicados.

O comentarista não poderá deletar seu comentário publicado sem que haja justificativa relevante. Caso proceda assim, republicarei o teor deletado.


As regras para comentar neste blog poderão ser alteradas a critério do editor, o qual também poderá deletar qualquer comentário publicado, mediante justificativa relevante, sem prévio comunicado aos leitores/comentaristas.

Você assumirá a responsabilidade pelo teor de seu comentário.
Este espaço é livre e democrático, mas exerça sua liberdade com responsabilidade e bom senso!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Copyright © 2012 Pena Digital.