As secretarias regionais como alavanca eleitoral
Leitor, hoje, numa rápida passagem pelo Twitter, por onde raramente tenho transitado, fui motivado por César de Oliveira a acessar um artigo publicado no Diário Catarinense, na coluna de Fábio Brüggemann. É mais um daqueles artigos que a maioria lê, concorda, indigna-se e... deixa como está.
O colunista fala da entrevista de Ubiratan Rezende, ex-secrerário da Fazenda de Santa Catarina.
Reproduzo abaixo parte do artigo:
"(...)Tão logo assumiu, Rezende compreendeu que as secretarias regionais eram um escoadouro de dinheiro para cabos eleitorais e auxílio fácil para reeleições com dinheiro público. Tanto que o ex-governador só se reelegeu, a despeito da desastrada gestão, por conta da existência bizarra das tais secretarias. Em tempos de comunicação instantânea, é óbvio que seria bem menos oneroso investir em um sistema de comunicação eficiente entre Estado e prefeituras para que os graves problemas (e, afinal, sabemos todos quais são: educação de última categoria, cultura sem investimento algum, saúde doente, segurança insegura, e nenhuma justiça aos que mais precisam dela) pudessem ser sanados com mais razoabilidade e inteligência. Na entrevista, Rezende não escondeu que logo nos primeiros dias o governador Raimundo Colombo foi bem claro e “realista”. O jogo político é outro. Colombo não foi eleito por conta própria, mas por causa de uma aliança, a mais esperta de toda a história política de Santa Catarina, que é justamente a que criou enormes cabides de emprego para as centenas de cabos eleitorais que garantiram a sua própria eleição. Até um cego, com perdão do trocadilho infame, percebe isso. Menos aqueles a quem Rezende, com sua polidez acadêmica, chama de “os poderes”. Segundo ele, 18% da receita do Estado vai para os “poderes”, e sobra apenas 4% para investimento. Para que ter governo, então?
Como podem os juízes, deputados e o próprio Executivo (não são eles os “poderes?”) dormirem com tanto disparate? Por que não param tudo e revisam esse vício político? Sim, sabemos todos, porque eles não querem deixar de ganhar. Enquanto isso, a população que paga aos poderes para que os poderes resolvam seu problemas básicos, tem que se virar, contratando outro Estado: o privado, para educar, dar segurança, curar e prevenir suas doenças.(...)"
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O mais assustador nisso é ver que as SDR's estão sendo copiadas por prefeituras, e lógico, com o mesmo objetivo, o de garantir uma "teta" para os principais cabos eleitorais de vereadores que trocam apoio ao governo por vagas para seus afilhados. Aqui em Imbituba temos 2, e há especulações de mais uma sendo criada para "atender os bairros de de Nova Brasília, Mirim e Sambaqui." O óbvio está estampado, e só não percebe quando muito obtuso.
ResponderExcluirAbc.
Posso estar enganado, mas essas benéfices de cargos para aliados políticos não se configuraria em caixa 2 para os partidos políticos? Pois alem de acabar com a oposição na região, o dízimo a ser pago ao partido aumentaria? Aumentando assim a conta bancária dos partidões? Lendo o texto, me veio em mente também o governo Federal e a penca de ex sindicalistas com cargos comissionados em estatais e órgãos públicos?
ResponderExcluirAcorda Brasil, Santa Catarina e Imbituba. Não temos educação, nem saúde e muito menos segurança e ainda parte do pouco que ganhamos vão para poucos "iluminados" através de nossos caros impostos e ainda temos medo de mudar? Aí não dá para entender, vivemos reclamando, mas na hora das urnas, que é o único meio pacífico de resolvermos isso nada fazemos, votamos sem razão, para ajudar um conhecido ou parente e nos ferramos por 4 anos.
Vamos dar a resposta para estes políticos, que nada fazem pelo povo, NAS URNAS, vamos pegar a vassoura que tanto já serviu de bordão para Jânio Quadros e realmente e não literalmente varrer os que só pensam neles na hora de tomar decisões que poderiam beneficiar todos.
Como diria o nobre deputado Tiririca, pior do que está não fica.