Esqueçam o passado
Vasculhando uma quantidade considerável de artigos que comecei a escrever e nunca concluí, encontrei um a respeito do ex-presidente - ou ainda presidente - Lula.
"Como cidadão brasileiro que tanto lutou para fazer a ética prevalecer na política, estou frustrado, possivelmente como milhões de brasileiros. Só espero que não apareça um trambiqueiro querendo anistiar Collor da condenação imposta pelo Senado" (impeachment).
"Em Palmeira dos Indios, 14 de julho de 2009, Lula abraça Collor e o compara ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Quero fazer justiça aos senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, que têm dado uma sustentação muito grande aos trabalhos do governo no Senado”, discursa Lula, enquanto é distribuído ao público um jornal com a seguinte manchete: "Presidente Lula da Silva apoia Collor de Mello para governo de Alagoas".
É inconcebível, pelo menos pra mim, que alguém possa defender Palocci, diante de tantos indícios de ilegalidades praticadas por ele e divulgados na mídia.
Se fosse apenas especulações da imprensa, Palocci não se furtaria a ir à Câmara ou ao Senado dar explicações.
Mas o que isso tem a ver com o que comecei a escrever? É que o PT, assim como Lula, defendia a ética e a moralidade, mas esqueceram o discurso em troca do poder, como bem demonstram os noticiários cotidianos. Não buscam, diante das denúncias de corrupção, investigarem os fatos. Ao contrário, tentam blindar os suspeitos. Criam expedientes e frases de efeito para confundirem a opinião pública.
Evaldo, ainda, criticou as alianças políticas em Imbituba, mas esqueceu das alianças feitas em nível nacional pelo PT, para poderem se manter no governo. Coligações com Sarney e Cia. Ilimitada.
E eu já votei em Evaldo, quando ele se elegeu, e quando o PT ainda era o PT. E eu esperava muito mais dele como vereador.
E sabe que o Lula está certo em defender Collor de Mello? Porque comparando os casos de corrupção nos dois governos, Collor foi um santo!
(Foto: Agência Estado)
O problema, caro Pena, é que o principal critério utilizado pela grande maioria da população, na hora do voto, não é a questão ética, mas a situação econômica. O que conta não são os escândalos, desvios de dinheiro público, mas o bolso e a barriga. Meu discurso pode soar elitista, mas enquanto houver miséria neste país, teremos a continuidade de uma política deletéria, permeada de escândalos. Atributo este, encontrado no PT, mas também naqueles que hoje fazem oposição. Pura demagogia.Por fim, acredito que a frase de Montesquieu soa muito bem para o momento presente: "A nobreza de uma nação não é construída pela nobreza dos governantes, mas pela solidez de suas instituições". É isto que falta para o Brasil!
ResponderExcluirHenrique.
As vezes sinto que o PT na defesa de seus políticos nada corretos, está nos colocando num beco sem saída e a caminho de uma crise institucional.
ResponderExcluirPara um país em que suas instituições são mais firmes que palanque em banhado, a coisa está complicada.
Só resta saber a quem favorece esta situação para acabar com essa anarquia antes que seja tarde demais.
Colegas, observo com muito temor a situação atual do país. Não há mais ideologias, não há mais luta por uma imprensa independente, não há mais indignação geral. O povo está anestesiado. Os governos, principalmente o federal, faz o que bem entende com o que bem quiser. O Judiciário está ficando de mãos atadas.
ResponderExcluirNão há mais soldados no front!
É o descalabro da sociedade brasileira.
Tenho medo do que será necessário para mudar o rumo desta Nação.
Não precisamos ir até Brasília. Xerife Beto e companhia e a atual Câmara de Vereadores de Imbituba. Creio que em breve será fato de um livro da maior podridão da história política desta cidade. Aumento da riqueza de uns poucos e aumento da pobreza de muitos...
ResponderExcluirCaiçara, posso até concordar quando tu falas em "riqueza de poucos", agora discordo de tua posição no que se refere ao aumento da miséria de muitos.
ResponderExcluirImbituba vivencia um momento econômico relevante, impulsionado principalmente pelo setor portuário. Geramos mais empregos e arrecadação municipal segue uma linha ascendente. Corolário a isto, temos sim a redução da miséria. E isto não questiono. O nosso problema não é este, mas sim a concentração de renda. Crescemos, mas de forma desigual. Este quadro se agrava quando associado a isto temos um serviço público que não atende as demandas da sociedade.
Entendo que o aumento da arrecadação municipal não promoveu melhorias significativas nos serviços públicos, mormente àqueles ditos essenciais: saúde e educação. Falta medicamentos, especialistas, UTIs etc... A educação municipal deixa muito a desejar. O IDEB da rede municipal é inferior a de alguns municípios vizinhos(Garopaba, Imaruí). O magistério não é valorizado( o pagamento do piso salarial dos professores "só foi possível" porque a regência de classe foi incorporada no vencimento), manobra esta questionável não só moralmente, como judicalmente. A prestação de contas do FUNDEB não é transparente. O conselho municipal é irrisório. Não há efetiva fiscalização...final de ano é um tal de comprar ônibus....e valorização do magistério...nada... Nossa, é muita incompetência e falta de vontade!
ProfªMarta.
Parabéns pelo artigo. O Blog PenaDigital tem me proporcionado ótimas leituras!
ResponderExcluirSobre o tema em questão, concordo que o PT há muito desvirtuou-se de seus antigos ideais. Passou a ser mais um partido aos moldes de todos os outros que ai estão: corrupto e inescrupuloso. O que precisamos com urgência em nosso país é uma "REFORMA POLÍTICA". A "Ficha Limpa" já foi um primeiro passo. O segundo passo, ao meu ver, deve ser a extinção dos "Senadores Biônicos". Não há explicação plausível para 3 senadores por estado! Terceiro passo, seria adotar o Voto Distrital. Só assim a população teria como cobrar de seus representantes no legislativo. Muitos outros passos devem ser dados para o Brasil deixar de engatinhar políticamente e começar a caminhar com firmeza. Entendo que os passos descritos acima são um bom começo!
Abraços.
Jorge Kroeff.
Jorge, na reforma política não devem acabar com os senadores biônicos, infelizmente. Devem, porém, limitarem a um suplente. O número de senadores não diminuirá.
ResponderExcluirConcordo com o voto distrital, e até onde sei, o PT é contrário.
Por fim, agradeço suas palavras incentivadoras. Espero que Deus me dê capacidade para manter a mesma qualidade deste trabalho e condições - em vários sentidos - para permanecer no ar.
E cada vez que chega um comentário participativo (favorável ou não) fico satisfeito.
Obrigado!
Professora Marta, obrigado por trazer algumas informações que eu desconhecia.
ResponderExcluirE obrigado por participar.
Concordo plenamente com o diagnóstico da Professora Marta acerca de nossos problemas domésticos.
ResponderExcluirEstá na hora de emparelhar nosso desenvolvimento econômico com o desenvolvimento de outras áreas, tais como, educação, cultura, saúde, etc...
Nossos governantes devem ficar atentos a esta possibilidade para não perder esta oportunidade tão propicia e importante no as futuras gerações e ao desenvolvimento harmônico de nosso município.
Discute-se que o sistema político deve mudar no Brasil. Mas quem quer mudança o sistema no País? Os políticos? Os eleitores? Os nossos políticos não querem mudar nada, para eles está tudo muito bom. Os eleitores votam por favores, dinheiro, gasolina, empregos de meio salário mínimo, então não querem mudança. Exemplos: Colombo ganhou uma eleição fácil, fácil, parece até que o Estado de SC não tinha problemas com educação, saúde, desvio de verba. Luiz Henrique e Pavam foram um dos piores governadores que Santa Catarina já teve e mesmo assim o povo colocou a mesma coligação no governo. Em Imbituba, mesma coisa, o Beto massacrou o Osny (merecia), mas Imbituba está cheio de problemas e o eleitor nem tomou conhecimento. Então quem irá mudar esse modelo político? Só Deus!
ResponderExcluirO Bato massacrou o Osny mas agora só falta dormir com ele....coisa mais feia! hipócrita!
ResponderExcluirA lógica da política é a lógica do poder. Os meios para tanto são os mais diversos. A grande maioria utilizam discursos que enfatizam a busca de um projeto comum para esconder os seus reais interesses: o poder e tudo o que Ele proporciona.
ResponderExcluirBrigas e conciliações(tal como Beto e Osny) são típicos de uma política imatura e extremamente personalista. Diante da carência ou até mesmo ausência de ideias e debates, a figura do político se evidencia sobremaneira.Onde não há projetos divergentes e até mesmo antagônicos, a figura do governante é irrelevante. Beto ou Osny... Beto e Osny... Em Imbituba vivemos a letargia do consenso e se dermos crédito a máxima de Nélson que preceitua: "toda unanimidade é burra", faz-se mister reconhecer a nossa falta de sabedoria.
Henrique.