Capela de São Pedro: mais de um século de história

Recebi um release da assessoria de comunicação da Companhia Docas de Imbituba e o publico na íntegra para os leitores do blog.

O texto relata um pouco da história da Capela de São Pedro, construída há 113 anos.
Tendo em vista que não temos muito cuidado com a nossa História, é de se ficar feliz por se ter algo preservado por tanto tempo em nossa cidade. Acredito que a capela só existe ainda porque está na área portuária.

Na última sessão da Câmara, o vereador Luís Antônio Dutra (PSDB) lamentou a destruição da casa em que morou o ilustre cidadão Padre Con. Itamar Luiz da Costa.
Pelo twitter eu falei: Vereador Luis Dutra reclamando, com razão, da falta de preservação do patrimônio histórico de nossa cidade. Falou da casa recém-destruída / que pertenceu ao cidadão ilustre Padre Itamar. Caro vereador, não se conseguiu salvar nem o monumento de Henrique Lage e nem se falou / disso na Câmara. Se não se conseguiu salvar ou se fazer reconstruir um monumento, imagine salvar uma casa no centro da cidade!

Continuo na minha luta solitária e silenciosa pela reconstrução do monumento em homenagem a Henrique Lage, que foi destruído pela empresa Emacobrás.
Quem quiser participar da campanha é só acessar o post e deixar um comentário.

Então, para quem acredita ser importante preservar a História de nossa cidade ou se interessa um pouco por ela, segue o texto:
Capela de São Pedro da Praia comemora 113 anos

Construída em 1898, a capela no Porto de Imbituba passou pelas provações do tempo: depois de muito danificada foi reconstruída pela fé de uma comunidade

Passados 113 anos da sua fundação e 20 da reconsagração, a Capela de São Pedro, em Imbituba, recebeu nessa quarta-feira (29) fiéis para uma missa de comemoração. Cerca de 100 pessoas compareceram ao local e se emocionaram com a celebração. “A capela remonta as origens de Imbituba, muito antes da construção do Porto. Preservá-la é preservar a cultura do povo de Imbituba, sua fé e a história da própria Companhia Docas de Imbituba” declarou o engenheiro Gilberto Barreto, ex-diretor da CDI.

Para o padre José Eduardo Bitencourt, que realizou a missa na Capela, a vinda da comunidade nessa celebração foi emocionante. Para ele, que é padre há 16 anos e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a intenção é que o lugar seja novamente frequentado pelos fiéis e que romarias sejam feitas regularmente no local. “A maior dificuldade de se realizar missas atualmente na Capela é pelo acesso. Por ela estar em uma área portuária o acesso fica restrito, é preciso, portanto, criar uma maneira de facilitar a ida e vinda de fiéis no local” disse o Padre.

A ligação entre a comunidade de Imbituba e a Capela começa em 1898, nessa época o município contava apenas com duas ruas principais. Mas, mesmo sendo uma cidade muito pequena, a fé sempre esteve presente na população.

Assim, foi inaugurada a Capelinha da Praia, que recebeu esse nome por ser construída às margens da praia do Porto, na Enseada de Imbituba. No altar estava a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição que foi trazida por um Capitão irlandês de um pequeno navio que naufragou perto de Imbituba.

A imagem, daquela data em diante passou a ser denominada como "Padroeira de Imbituba". Anos mais tarde, com a transferência da imagem da Santa para a Igreja Matriz, o lugar passaria a se chamar Capela de São Pedro.

Em 1991 ela foi restaurada devido a sua estrutura bastante danificada. Hoje a Capela é um dos principais marcos históricos de Imbituba, tendo sido recuperada recentemente pela Companhia Docas, com apoio das empresas instaladas no porto. O Administrador do Porto, Jeziel Pamato de Souza, principal incentivador das reformas e das comemorações, deixou registrada homenagem a comunidade, pela participação na manutenção dessa tradição local.

A Capela como símbolo da união

A Capela de São Pedro marcou a vida de muita gente. Durante anos, centenas de pessoas decidiram batizar seus filhos, fazer parte das festividades do local e até mesmo trocar as alianças ali.

Jorge guarda até hoje na memória o dia em que pediu Suzana em casamento. O ano era 1976, e assim que ela aceitou o pedido, marcaram a data. E como seus pais, Jorge fez questão de casar na Capelinha. O mês escolhido foi junho e por um motivo especial “a capela sempre me chamou a atenção por ser um lugar pequeno, mas que representava para nós um local sagrado e cheio de paz, e como junho é a época de algumas festividades cristãs, a Capela estava toda enfeitada, linda, esperando pelo nosso casamento” disse Jorge Ernesto Nunes, funcionário do porto.

A praça “Seu Luizinho”

Em 1991, a praça da Capela São Pedro foi nomeada “Seu Luizinho” em homenagem ao homem que dedicou parte da vida em prol do local. Luiz Fernandes dos Santos trabalhou na Companhia Docas de Imbituba durante 40 anos. Grande entusiasta por tudo que se referia ao Porto começou a cuidar também da Capela que se localiza dentro da área portuária.

“Meu pai zelava pela Capela como se fosse sua própria casa, e proporcionou à comunidade de Imbituba grandes festas cristãs como a de São Pedro e São João” diz Maria do Carmo, filha de Luizinho.

Luizinho morreu em 1985. Hoje quem visita o local pode ver a placa feita em sua homenagem pela Companhia Docas de Imbituba.
(Texto em destaque e sua revisão são de autoria da assessoria de comunicação da Companhia Docas de Imbituba)

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