Coligações partidárias com dias contados

A partir desta semana o Congresso passará a analisar projeto de reforma política, que pretende mudar a legislação eleitoral.
Eu já disse aqui que sou contra as coligações partidárias, pois a permissão delas nega a necessidade de existência de inúmeros partidos políticos.

Tomando Imbituba como exemplo, para quê ter mais de 10 partidos organizados na cidade, se eles se aglutinam em duas ou três coligações?
Usando expressão que já utilizei aqui no blog, quando escrevi A ditadura dos partidos políticos, o fim dessa "promiscuidade política" parece estar próximo.

É possível que o Congresso aceite uma mudança muito importante no modelo eleitoral vigente: será eleito quem tiver mais votos. Com isso, não veremos mais candidatos eleitos com menos votos que outros, favorecidos pelos sufrágios de suas legendas ou coligação partidária.
O projeto que pretende acabar com essa incoerência eleitoral colocará fim, consequentemente, nas coligações, eis que serão inócuas com o objetivo de somarem votos. Só ganhará a vaga quem tiver mais sufrágios.

Diante dessa possível mudança, poderemos ter uma escolha mais criteriosa por parte dos partidos no momento de indicar seus candidatos, melhorando o nível da lista de pretendentes a cargos eletivos. Presume-se que diminuirá consideravelmente o número de celebridades tentando uma cadeira no Poder Legislativo.

Essa mudança não favorecerá aos partidos menores, que geralmente são obrigados a se coligarem para aumentar as chances de eleger um candidato. Terão que trabalhar para mostrarem ao eleitor que eles são boas opções nas eleições.  O fim das coligações também poderá causar a extinção dos partidos de aluguel.

Um dos maiores problemas do sistema proporcional é que você vota em um candidato que não se elege, mas ajuda a eleger um outro candidato do mesmo partido ou de agremiação coligada que você, talvez, nem quisesse que fosse eleito.

A Comissão de Reforma Política analisará também outros modelos eleitorais que serão bastante discutidos na imprensa futuramente, de acordo com o andamento dos trabalhos da Comissão, como é o caso do voto distrital misto e puro, e o voto em lista fechada. Mas isso poderá ser assunto para outros artigos.

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