Religiões: quando elas podem se transformar em um problema social e pôr em risco a democracia?


Discutir religião é sempre um tema polêmico. E principalmente quando elas passam a ter maior poder econômico e/ou político.

Desde a Constituição de 1891, o Brasil não tem mais a religião católica como a religião oficial do país, conforme expressava o art. 72, § 7º: "Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo da União ou dos Estados."

As Constituições seguintes, inclusive a atual, manteve o país no contexto laico, ou seja, um Estado que não possui uma religião oficial nem divide com alguma delas o poder de governo. Há separação entre o Estado e a Igreja.
Notadamente, na prática não é bem o que ocorre.
Dentro do Congresso Nacional temos, por exemplo, blocos de políticos representando os evangélicos e católicos, além de leis que são aprovadas para prestigiar alguma religião ou culto específico.

No início de setembro deste ano, um projeto do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), após ser aprovado, recebeu a sanção do presidente Lula, instituindo-se no Brasil o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

Na primeira sessão ordinária da câmara de vereadores de Imbituba, neste ano, o vereador Cláudio apresentou indicação, que foi aprovada pelos demais vereadores, a qual se tratava sobre a construçao de um monumento à Bíblia, a ser construído em uma das rótulas no centro da cidade.
Na época, fiz o seguinte comentário a respeito:
Ora, embora a nossa Constituição tenha sido promulgada “sob a proteção de Deus”, deveria saber o vereador que o Estado brasileiro é laico. E, sendo assim, não deveria gastar um só centavo com qualquer religião ou coisa parecida, até porque há vedação constitucional, prevista no art. 19, I, para qualquer subvenção.

Já quando assumiu, temporariamente, na legislatura anterior, o vereador já havia feito mesma indicação, mas não saiu do papel. Espero que não saia, novamente, senão, logo, logo teremos nas rótulas uma Estrela de Davi, um Alcoorão, um Buda, uma Iemanjá e outros vários símbolos religiosos.
Então, a questão é: se o Brasil é um país laico, por que o Estado brasileiro, apesar dos avanços em separar a Igreja do Estado, volta-se ao passado e institui legislação com teor religioso? Não seria prudente que o governo se abstivesse de se envolver em assuntos estritamente religiosos?

E essa "intervenção" estatal está gerando problemas e ciumeiras entre as religiões que acabam se sentindo desprestigiadas, quando algumas recebem os afagos dos governos, de qualquer esfera.

Dia desses eu li sobre uma decisão judicial, de agosto, em cujo processo o presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior, pretendia a proibição dos crucifixos, imagens e outros símbolos religiosos nos recintos de prédios públicos, alegando a laicidade do Estado brasileiro, além de se sentir ofendido na presença de um crucifixo que estaria exposto em um prédio público.

Para a juíza que proferiu a decisão, "O Estado laico foi a primeira organização política que garantiu a liberdade religiosa. A liberdade de crença, de culto e a tolerância religiosa foram aceitas graças ao Estado laico e não como oposição a ele. Assim sendo, a laicidade não pode se expressar na eliminação dos símbolos religiosos, mas na tolerância aos mesmos."

Em uma outra decisão, agora mais recente, de outubro, a justiça decidiu, em caráter liminar, que a prova do Enem fosse feita em data diferente de sábado, para atender a 21 alunos judeus, autores da ação judicial.
Considerando que a prova do Enem custa aos cofres públicos R$ 131 milhões, imagine se houver a necessidade de se fazer várias provas, atendendo sentimentos religiosos. (Fonte: Folha online)

O mesmo assunto envolvendo símbolos religiosos foi tema na União Européia, neste mês, onde o Tribunal de Direitos Humanos proibiu o uso de crucifixos nas escolas da Itália, causando furor na população italiana, tradicionalmente católica.

Em Imbituba, também começamos a ter nossos problemas religiosos. Um deles é a construção, com dinheiro público, de um monumento em homenagem à madre Paulina. Um outro é a exclusão do feriado de 08 de dezembro, cuja a data é escolhida para comemorar o dia de Nossa Senhora da Conceição.
O projeto de exclusão da data será apreciado na câmara de vereadores, mas já gerou polêmica. Na última sessão, a coordenadora do CAEP do Centro, usando o Grande Expediente, criticou o projeto que trata do assunto (projeto de lei nº 3.817/09, que altera a redação do inciso IV do artigo 2º da lei nº 144, de 21 de março de 1967).
O projeto prevê que passe a ser feriado o dia 21 de junho, dia do município, excluindo o feriado do dia 08.

Como aprendi no curso de Direito, devemos preservar as tradições do povo brasileiro, inclusive as de cunho religioso, embora vivamos em um país laico.
Penso que os governos não podem fazer é interferir ou inovar as tradições religiosas, muito menos investir dinheiro público, pois as igrejas já recebem incentivos fiscais e devem elas próprias proverem sua subsistência.

Tenho medo que esses problemas pontuais passem a ter repercussões graves e ameacem a democracia, como também gere no povo intolerância à heterogeneidade religiosa presente no Brasil.

19 comentários:

  1. Alguns meses li em um jornal,Não lembro se foi o globo ou a folha de São Paulo, é fiquei pasma.
    A manchete dizia:
    "Lula e Bento XVI selam acordo de reconhecimento do estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil"

    “Lula não é católico, é caótico”. A frase, proferida por um dos mais altos integrantes da cúpula eclesiástica do país, o cardeal do Rio de Janeiro, d. Eusébio Scheidt, há apenas três anos, soaria como um absoluto disparate na sala do Vaticano em que, na semana passada, o presidente da República e o Papa Bento XVI selaram o acordo de reconhecimento do estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil.
    O documento de 20 artigos, minuciosamente discutido pela diplomacia dos dois Estados, era o primeiro item da pauta de reivindicações da cúpula da Igreja brasileira há pelo menos 17 anos, quando começou a ser negociado.
    O texto final foi comemorado pela cúpula do episcopado nacional. Em sua visita ao Brasil em maio, o papa já havia tentado, sem sucesso, vencer as resistências do presidente. O documento não avança mais do que a Lei das Diretrizes e Bases da Educação em relação ao ensino religioso nas escolas públicas, nem evita que o país, no futuro, venha a reconhecer o aborto legal.
    O foco da relutância governista estava na demanda da Igreja por um artigo que aliviasse o tesouro eclesiástico das crescentes reclamações trabalhistas tanto de leigos que trabalham nas instituições sociais católicas quanto de ex-padres e ex-freiras.

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  2. AGORA É LEI Senado aprova acordo com Vaticano que consolida ensino religioso no Brasil. Acredito que outras religiões não vão calar Pois somos um país de varias crenças, e só a igreja católica vai ser privilegiada? ONDE FOI PARAR A NOSSA DEMOCRACIA. Lamentável. Tantos anos de luta pela liberdade religiosa jogados fora. O Estado é laico e a concessão de benefícios a uma determinada religião (qualquer uma) é um erro. Ainda mais quando o Chefe dessa religião é Chefe de um Estado estrangeiro. Estamos, de novo, subordinados a vontade de Roma. É um fato grave, muito grave, pouco divulgado e quase nada debatido pela sociedade.me parece ser tudo feito na surdina o povo não opina. O QUE É UMA PENA. Isto me causa medo. É a volta da inquisição?

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  3. Concordo plenamente com os comentários acima, mas não diria volta da inquisição e sim da alienação.... tanta coisa importante para a criança aprender - quem quiser que seu filho conheça a vida de jesus que leve a uma igreja ou matricule na catequese, ou sei la como chamam nas religiões protestantes... lamentável
    a em relação a onde foi parar a democracia, é complicado, masfomos nós quem colocamos esses caras la, e somos nós que faremos uma limpa nessa zoeira que isso ta se trnasformando... inclusive nosso ilustre vereador autor desse projeto! Imbituba ta muito bom pra ta perdendo tempo com essas bobagens e gastando dinheiro com isso, ele que tire do bolso dele e construa um altar em frente a casa dele...

    Arthur Silveira

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  4. Ao colega MUNDO! E MINHA ARTE;
    Tenho plena convicção que te falta conhecimento no tocante a legislação que rege a disciplina de Ensino Religioso. Com efeito, acredito que algumas observações são necessárias:
    - O ensino religioso, de matrícula facultativa, se constituirá disciplina no ensino regular da rede pública. Logo, o educando, no ato da matrícula,poderá optar pela participação na mesma.
    - O ensino religioso respeitará o dinamismo e o pluralismo religioso existentes nas mais diversas realidades. Portanto, qualquer forma de proselitismo deve ser alijada do processo educativo.

    Por fim, o ensino religioso, hodiernamente, só se justifica se possibilitar aos educandos a compreensão do fenômeno religioso, bem como das mais diversas manifestações religiosas existentes( Cristianismo, Judaismo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, candomblé etc..). Por conseguinte, tal disciplina não se configura uma extensão da catequese ou algo do gênero, tampouco uma ameaça aos princípios democrático ou a permanência do Estado Laico, muito pelo contrário, trata-se sobretudo de uma maneira de valorizar e consolidar os princípios democráticos mediante a transmissão e o respeito as diferenças.
    Arrison Richelly Berkenbrock

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  5. PARTE 1
    Arrison Richelly Berkenbrock o SR DEVE SE INFORMAR MELHOR SOBRE O ASSUNTO.. CONCORDO, COM MUNDO E MINHA ARTE;

    Quem sabe sobre o acordo firmado entre Lula e o papa Bento XVl? Dia 13 de novembro, Lula e o papa assinaram um acordo , presenciado pela maioria da mídia brasileira, mas vergonhosamente fizeram-se mudos em relação ao fato, somente o jornalista Alberto Dines não gostou, e criticou os colegas, segundo a revista Igreja. • 7 meses atrás Detalhes Adicionais No dia 13 de maio do ano passado, Lula e Bento XVl, assinaram um acordo secreto,digo quase secreto,onde a maioria da imprensa brasileira que partcipava da comitiva, se omitiu em não divulgar os fatos, onde somente segundo informações da revista Igreja 20, o Jornalista Alberto Dines, não gostou das atitudes dos colegas. Acordo esse, que é um verdadeiro retrocesso para os brasileiros, se decretado, ou aprovdo no congresso, onde dá grandes privilégios à Igreja Católica, inclusive isenção de impostos para empresários que participam da mesma, e a auxiliem, visto liberado para todos os padres, bispos, etc, estrangeiros,voltando ser obrigatório o ensino religioso católico nas escolas,e outras coisas mais. Acho isto vergonhoso. Este acordo, é um poco semelhante ao acordo feito entre Mussoline e o papa Pio Xl em 13 de fevereiro de 1929

    INDIGNADA

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  6. Resposta ao sr Anônimo
    Se somos um Estado democrático, cabe a nós fomentar a liberdade religiosa, inclusive no que se refere ao direito de crer ou não crer em algum deus.
    Eu posso falar muito consciente sobre ensino religioso nas escolas públicas.
    Qdo eu tinha 8 anos , meus pais se tornaram evangélicos.
    Morávamos em São Joaquim,por ser uma cidade predominante católica, fomos perseguidos Pela igreja católica. o padre esta lá e vivo, vai falar a verdade se quiser. Mas temos testemunhas vivas que pode provar, nossas casas eram apedrejadas. na época o sino só batia durante a noite por motivos de tragédias pois não tínhamos nem energia, o gerador só funcionava das 18h as 22horas. o sino tocava pela madrugada e o padre abria os altos falantes da igreja mandando colocarem os evangélicos em privadas, para acabar com o diabo que ali estava se instalando.
    fui perseguidas na escola éramos isolado.é como se tivessem doença contagiosa. E isto nos anos 60. Éramos obrigada assistir aulas de religião sim.
    Mas como sou rebelde, um dia me cansei, eu tinha 10 anos , e uma professora" esta viva" hoje somos amigas, exigiu que para fazer os exames finais eu teria q cortar os cabelos. caso contrario eu sairia da escola. Grupo Escolar Manoel Cruz, esta lá.
    resolvi o meu problema com 10 anos todos tinham medo, mas eu não. Fui a casa do inspetor escolar, hoje não tem mais, contei o ocorrido dentro do pátios da escola. ele foi ao juiz, a professora teve que se desculpar ou perderia o cargo. Desde este dia o ensino para quem não era católico se tornou facultativo.
    Eu era perseguida, discriminados e sofríamos com preconceito. pq meus pais eram evangélicos.
    Estou 58 anos e isto ainda marca e muito minha vida.
    Marlene kjellin

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  7. Por ora, a legislação vigente é aquela que esbocei acima.
    Ademais, Segundo a embaixadora brasileira junto ao Vaticano, Vera Machado, o ensino facultativo de todas as religiões já está previsto no artigo 210 da Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases do Ministério da Educação. Portanto, não altera o que já está em vigor.
    Portanto, não vejo problema neste quesito. Não haverá alteração!
    Arrison

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  8. PARTE 1
    Arrison Richelly Berkenbrock o SR DEVE SE INFORMAR MELHOR SOBRE O ASSUNTO.. CONCORDO, COM MUNDO E MINHA ARTE;

    Estimada,
    Parafraseando seus dizeres " voltando ser obrigatório o ensino religioso católico nas escolas,e outras coisas mais. Acho isto vergonhoso".
    Desculpe, mas quem deveria se informar sobre o assunto não sou eu, mas você! isto porque o acordo, que tem 20 artigos, é praticamente uma cópia do parágrafo 210 da Constituição e do artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que estabelecem o direito individual dos alunos em ter disciplina facultativa de ensino religioso no horário normal das aulas.
    Insisto na expressão FACULTATIVO( e não obrigatório, como você afirma), respeitando a diversidade religiosa existente na realidade brasileira( e não direcionado a uma filiação religiosa específica).
    Portanto, volto a reiterar o que já havia dito, a manutenção do ensino religioso na grade curricular(firmado no acordo) é congruente com a Constituição e, por si só, não se constitui uma ameaça aos princípios do Estado democrático de direito. Claro, desde que não direcione a religião específica, prática está condenada pela Constituição
    Grato!
    Arrison Richelly Berkenbrock

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  9. Mundo e minha arte!
    Não tiro sua razão! Reconheço o problema! Mas,continuo acreditando que o acordo entre o Lula e o papa reafirmando o ensino religioso como disciplina facultativa na grade curricular, por si só, não se constitui uma ameaça aos princípios democráticos. Desde que não haja prática proselitista ou perseguição, conduta condenadas em quaisquer circunstâncias!

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  10. Srº.Arrison Richelly Berkenbrock

    Só vou concordar com o srº, no caso que coloquem professores de cada religião e credo , seitas, em cada Escola Estadual ou Municipal. Todos professores de educação religiosa são católicos.
    No momento não é, e nunca foi facultativo, meus filhos, netos, tiveram que estudar e muitos alunos tbm tem, e nenhum professor diz que é facultativo. eles dizem que vale nota.
    consta no boletim escolar.
    Pq não fizeram acordo com outras religiões, já sei, o srº vai me dizer que o Vaticano é um Estado.Se as outras seitas e religiões não são consultadas não é DEMOCRACIA, E NEM SE ESTA CUMPRINDO A CONSTITUIÇÃO. JA LI E RELI TODAS AS LEIS QUE O SRº CITOU. MAS COMO NÃO SOU SÓ EU CONTRA, MAS A MAIORIA. ACHO QUE NÃO ESTOU ERRADA.
    E VOU FINALIZAR AQUI. NÃO RESPONDEREI MAIS , PQ O TEMPO VAI MOSTRAR A VERDADE.
    OBRIGADA
    MArlene kjellin

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  11. O Mundo e minha arte!
    Permita-me fazer alguns comentários acerca de tua exposição.
    "Só vou concordar com o srº, no caso que coloquem professores de cada religião e credo , seitas, em cada Escola Estadual ou Municipal. Todos professores de educação religiosa são católicos.
    No momento não é, e nunca foi facultativo, meus filhos, netos, tiveram que estudar e muitos alunos tbm tem, e nenhum professor diz que é facultativo. eles dizem que vale nota.
    consta no boletim escolar".


    Tu afirmas acima que TODOS os professores de educação religiosa são católicos. Pois bem, sou professor de Ensino Religioso e não sou católico, ademais conheço outros professores que não são católicos sequer cristãos que lecionam a disciplina. E são competentes.O que não significa afirmar que os católicos não o são.
    Mas a frente você afirma que no momento a disciplina não é facultativa. Outro engano seu. Todavia, o aluno no ato da matrícula deve optar pela exclusão da mesma. Aliás, faço questão de salientar isto, no início do ano letivo. Portanto, quando afirmas "nenhum professor diz que é facultativo", cuidado. Toda generalização implica em injustiça.
    Por fim, uma vez que o aluno opta pela disciplina, e isto você deve cobrar no ato da matrícula, a mesma se constituirá disciplina regular, com efeito, o aluno estará sujeito à reprovação.
    Arrison

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  12. Eu não disse que os professores de educação religiosa, não são competentes.
    Eu DISSE todos que conheço são católicos, não tenho nada contra a igreja católica, ou qualquer outra.
    Na fixa de matricula é perguntado qual a religião..(Por fim, uma vez que o aluno opta pela disciplina, e isto você deve cobrar no ato da matrícula, a mesma se constituirá disciplina regular, com efeito, o aluno estará sujeito à reprovação.)
    estou sendo injusta, simplesmente para mim nunca ninguém falou que era facultativo.
    No meu caso foi pq houve um juiz que fez a lei se cumprida.
    Mas a maioria dos pais não são imformados,qdo são perguntados , só dizem a qual religião pertence,mas a pessoa que faz a matricula não fala que é facultativo. Deveria informar, para não haver a reprovação.
    E para ser bem honesta no lugar de aprender religião, é dentro da familia, é na igreja e não na escola.
    Pq cada igreja tem sua doutrina.
    No lugar de educação religiosa deveria ter aulas de valores,Como respeito ao amigo. Aos professores que são desrrespeitados, apanham de crianças , e muitos como ja vimos em jornais são agredidos com armas. solidariedade,
    Educação de bons costumes.
    "Eduquem as criancas e nao precisara punir os homens.
    Se você tem metas para 1 ano, plante arroz.
    Se você tem metas para 10 anos, plante uma árvore.
    Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança.
    Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio ambiente.

    (Confúcio)

    É isto que as escolas estão precisando.

    Obrigada, pela sua explanação. Mas creio que esteja sendo injusta, pq já fui professora.
    e muito competente tbm.

    RELIGIÃO É UM DOS ASSUNTOS MAIS POLÊMICOS.

    MEU PAI SEMPRE ME FALOU :nÃO DISCUTA RELIGIÃO, POLÍTICA, COR E AMOR. PQ NUNCA VAIS CHEGAR A LUGAR ALGUM. CADA CABEÇA PENSA DE UM MODO.
    OBRIGADA.

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  13. Cara colega,
    Talvez fui mal interpretado. Não questiono sua competência, apenas temos opiniões divergentes, o que é extremamente salutar.
    Religião e política, ao meu ver, não só podem como devem ser discutidas. Afinal, suas essências apontam para a troca de ideias e experiências. Não há como fazer política sem disputa de ideias. O conflito é inerente ao regime democrático! Onde não há discussão, não há pluralidade.
    Arrison

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  14. Caro colega.
    Em parte concordo com seu último comentário.
    Não concordei com vc no comentário anterior , qdo vc diz que é facultativo. Eu , vc, sabe mas o povão não sabe.
    O que eu te digo é a escola que faz a matricula diga que é facultativo.Não só faça aquela pergunta: que religião é a sua?! E não explicar para o evangélico ou de outros credo que assiste aula de religião quem quer, sem ter nenhum prejuízo em seu boletim.
    Simples. para que seja bem democrático.
    Obrigada.

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  15. Ao leitor que falou sobre o consenso havido no diálogo dos leitores acima, favor refazer seu comentário, observando as regras estabelecidas.

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  16. Só uma observação com relação ao projeto do vereador Claudio, meu nobre Pena.
    Esse projeto foi criado apenas e tão somente porque a Maçonaria de Imbituba, ao completar seus 25 anos na cidade, construiu um monumento na rótula do ginásio.
    Quando atuei como repórter da rádio 89, recebia várias ligações por semana de pessoas pedindo para que eu criticasse a obra maçonica, coisa que sempre me neguei por admirar essa instituição e reconhecer as grandes conquistas dela para a humanidade, como por exemplo, o direito de viver num estado laico.
    Grato
    Alisson Raniere
    Imbituba SC.

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  17. Alisson, não sou maçom, mas não vejo nada demais o monumento naquela rótula, pois representa uma entidade não vinculada à religião, partido político ou qualquer outra coisa que represente um determinado grupo social.
    Além disso, se não estou enganado, foi a própria Maçonaria quem financiou a obra, ao contrário do monumento à Bíblia.
    A indignação das pessoas em criticar esse monumento não passa de simples ignorância - no sentido gramatical. Ninguém defende o que não conhece.
    Só uma pergunta: quantos ouvintes teriam coragem de criticar esse monumento, através de um microfone, ao vivo?

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  18. Pena,

    Tema espinhoso e delicado, mas importante.

    Não vejo no tema a sua preocupação de que esses problemas pontuais passem a ter repercussões graves e ameacem a democracia, ou que venha gerar no povo intolerância à heterogeneidade religiosa presente no Brasil, mesmo porque quem faz as religiões e a segue é o Povo.

    Considero esta situação fruto de uma evolução (revolução?) que estamos passando que deve ser discutida sem qualquer temor. Diz o proverbio que "da discussão nasce a luz" e é assim que a situação deve ser encarada.

    Se queremos um estado laico, temos que lutar por ele. Se ele ja está estabelecido, vamos batalhar pela sua preservação.

    Religião tambem é importante no processo democrático, desde que as pessoas exercitem os seus direitos sem prejudicar os de outros. Algo como aquela célebre frase que reza que o "direito de cada um termina onde o do outro começa".

    O art 5º da Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, logo a distinção por pratica religiosa de membros dessa sociedade tambem acham-se enquadrados no mesmo contexto, estando pois nivelados ao mesmo patamar.

    Sobre o ensino religioso, entendo ser uma distorção sua prática em escolas públicas num estado laico, principalmente num país de tanta diversidade religiosa como o Brasil. Eis uma matéria que poderia ser plenamente substituída por noções de Ética, Educação Cívica ou Educação Política.

    Não quero dizer com isso que nossas crianças devam crescer sem educação religiosa. Educação religiosa é muito importante e indispensavel no desenvolvimento da criatura humana para ser menosprezada.

    Só acho que ela poderia ser ensinada nos próprios redutos religiosos, onde cada igreja estabeleça o curriculo escolar do ensino religioso a ser ministrado às suas crianças.

    É isso!

    Um abraço a todos,

    Cândido.

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  19. Cândido, vamos começar pela segunda parte de seu comentário. Eu não quis entrar na discussão travada entre Arrison e Marlene, até para deixá-los à vontade para discutirem a respeito do assunto.
    E com referência a esse debate sobre o ensino religioso, você disse exatamente o que penso. Cada religião que instrua seus fiéis. O governo, a sociedade ganharia muito mais se tivéssemos uma disciplina sobre ética, política, educação cívica. Está faltando isso na escola e na sociedade, para formarmos melhores cidadãos.

    A minha preocupação com referência ao envolvimento do Estado com religiões decorre justamente do fato de políticos estarem sendo eleitos mediante o voto de pessoas que estão ligadas por determinada religião ou seita ou culto. Ou seja, certo estrato social passa a escolher seu candidato não por ver nele um representante que lutará pela defesa dos direitos democráticos e o bem comum, mas só e somente só porque ele faz parte de sua religião. Certo partido político brasileiro era - ou ainda existe? - dirigido de acordo com os interesses e objetivos da igreja que representava e não consoante o interesse social.
    Essa disputa política com base religiosa pode trazer uma intolerância entre os diversos adeptos de religiões diversas. O fato de que é o povo que faz as religiões pode até ter sua veracidade, mas são os dirigentes delas que controlam a massa, em nome de Deus, usando todos os artifícios, artimanhas e o medo para efetuar esse controle. Em muitos casos é como se fizessem lavagem cerebral. Posso estar sendo alarmista, ou desenhando um monstro a partir de uma simples sombra, mas vejo nos movimentos políticos-religiosos - ou religiosos-políticos - brasileiros uma força capaz de incluir o Brasil na lista de países governados por determinado grupo religioso, ainda que não exercendo diretamente o poder.

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