O Guerreiro descansa!

Por Ledeir Borges

Sou flamenguista de coração (a razão fica para depois). Ainda que não seja um torcedor fanático, destes que vestem a camisa rubro-negra e saem, orgulhosos, desfilando por aí. Mas sou flamengo. Eu sou Fla-Fla, como diria o inigualável Jorge Bem Jor. E, ultimamente, a Nação anda nos ares, repleta de alegrias e alegrias e alegrias.

No entanto, um dos craques que mais admiro do meu maravilhoso Mengão é vascaíno (dizem que é). Doce contradição. O avesso do avesso, do avesso. É vascaíno, porém é imbitubense dos bons.
Mora aqui entre nós. Melhor, ainda, no meu Bairro: Vila Esperança (a Riba). Um imbitubense genial que brilhou pelos campos de futebol do mundo, ostentando o manto rubro-negro, embora vascaíno de alma (será?).

Ele anda entre nós como um simples mortal, como realmente é e faz questão de ser (ou sê-lo), mas obteve conquistas absolutamente extraordinárias pelo universo do futebol. Foi campeão carioca inúmeras vezes; foi campeão brasileiro outras tantas; campeão das Américas e campeão do mundo; sempre pelo meu glorioso Flamengo. Desfilou seu talento e seu encanto pelos gramados do mundo, distribuindo alegria e emoção ao povo flamenguista e aos brasileiros não vascaínos (porque estes nunca torcem para o Fla; exceto ele, o craque, que é (e sempre foi) genial).

Ah! Ele é um vascaíno maravilhoso; que atuou no elenco de ouro do Flamengo ao lado de grandes jogadores, como Andrade, Adílio, Zico, Junior, Nunes, entre outros craques. Um dos Deuses da mitologia rubro-negra, com direito a bandeiras imensas, onde tremulam seu rosto e seu nome nos dias de Maracanã lotado. Um ícone, para sempre, na galeria dos heróis da grande torcida do Flamengo. Um dos maiores craques do futebol catarinense e brasileiro.
Mora aqui em Imbituba. Humildemente; caminha por nossas ruas, por nossas praias, por entre repartições, lojas e pessoas, sempre de uma modéstia quase poética e de uma gentileza e elegância inigualável. Às vezes, parece ainda, aquele meia-esquerda rápido e cabeludo que, com dribles e passes geniais, deslizava, elegantemente, pelos gramados do Brasil e do mundo e que nos fazia encher o peito e dizer “é o Lico”. “De Imbituba”.

É, estou falando dele mesmo, do Lico, o grande craque de futebol desta terra, campeão do Brasil, campeão das Américas, campeão do mundo; o nosso mestre do futebol.

Nestes dias de euforia pela consagração do CFZ Imbituba, andei pensando no meu herói rubro-negro. Não o vi nas fotos nem nos festejos. Seu nome não foi mencionado nos jornais. Sua maestria futebolística não foi invocada pela Corte e nem mesmo lembrada nos foguetórios. Os deuses do futebol, certamente, devem andar muito tristes conosco.

O grande Lico, parceiro do igualmente genial Zico, nas memoráveis conquistas das Américas e do mundo; o nosso grande mestre da bola anda esquecido pela Corte. No entanto, as glórias e as conquistas magníficas do grande craque, ninguém apaga das mentes dos verdadeiros amantes do futebol e jamais se apagará dos corações dos verdadeiros flamenguistas. Um herói não nasce todos os dias e suas conquistas são eternas. Um herói a gente nunca esquece!

Ah! Lembrei! E ainda tem aquela grande foto, ali no PLEC, às margens da Avenida, com o craque em ação. O olhar altivo e destemido do guerreiro rubro-negro que venceu batalhas avassaladoras e conquistou o mundo. Um orgulho tremendo para nossa gente. Um orgulho absoluto para os rubro-negros. E dizem que ele é vascaíno. Não acredito. Ele é da Nação.

E, acima de tudo, e o que é melhor, ele é um grande cidadão imbitubense que nos enche de orgulho, por sua genialidade, por sua contagiante humildade, por sua conduta.

Viva o para sempre craque Lico; e vida longa ao futebol imbitubense!

Até mais ver (ler)!

2 comentários:

  1. Amigo Ledeir,
    Parabéns pelas belas palavras dirigidas ao nosso Craque (com letra maiúscula, mesmo). Se fosse em outra cidade, Lico já teria estátua em praça pública. Aliás, não sei se ele percebe, mas sempre que encontro o Lico, normalmente acompanhado de sua esposa, no Kisabor, faço questão de cumprimentá-lo reverencialmente, atitude que tenho para com raras pessoas cuja quantidade não ultrapassa os dedos de uma mão.
    César de Oliveira

    ResponderExcluir
  2. Ledeir,
    Muito obrigado pela bela homenagem ao nosso Lico. Nós rubro-negros devemos muito a ele.
    Quando o vir manda-lhe um abraço deste modesto flamenguista de São Paulo.
    Lúcio Lopes.

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