Movimentos sociais realizam manifesto contra a fosfateira de Anitápolis
A foto ao lado e o texto abaixo foram recebidos para divulgação da caravana realizada no último sábado, com o objetivo de protestar contra a instalação de uma fosfateira em Anitápolis. Para quem ainda não tem conhecimento sobre o projeto industrial e nem sabe os motivos pelos quais estou divulgando essa manifestação ocorrida, acesse o post que publiquei neste blog.
A campanha contra a instalação de uma indústria de fosfatados e a favor da vida, foi intensificada no último sábado, 19. Uma caravana com dezenas de pessoas partiu de Laguna com o objetivo de seguir para Anitápolis. A preocupação com o meio ambiente e a saúde humana vai ao encontro do impedimento da fosfateira.
A cada passagem pelos municípios que podem ser prejudicados, caso a indústria saia do papel, foram realizadas conversas com moradores e empresários de Tubarão, Gravatal, Braço do Norte, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, até chegar em Anitápolis.
A Comissão da Pastoral da Terra (CPT), através do padre Aluísio Heidemann Jocken, da Diocesese de Tubarão, Pastoral da Pesca, Ong Montanha Viva e Movimento Nascentes da Serra, participaram ativamente do manifesto. O professor e ambientalista Ademir Milo Motta da Silva, participou do encontro e também percorreu os municípios. Ele aproveitou a oportunidade para prestar apoio e solidariedade às moradoras de Anitápolis, Rosane e Raquel, defensoras do movimento contra o empreendimento. Milo também reforçou a luta ao, mais uma vez, dizer não à fosfateira. “Ser contra a fosfateira é dizer sim ao desenvolvimento sustentável. Sugerimos alternativas como a utilização de tecnologias limpas. A utilização de dejetos suínos para a fabricação de fertilizante é um exemplo”, argumenta Milo.
Num sinal de conscientização, união e força, na chegada a Anitápolis, os manifestantes deram um abraço simbólico sobre a ponte do Rio Braço do Norte, um dos rios que correm sérios riscos com a possível instalação da indústria.
A fosfateira, que antes era projeto da Bunge, passou recentemente a ser da multinacional brasileira Vale do Rio Doce, que adquiriu o setor da Bunge que atuava na área de fertilizantes.
Eu não conheço a realidade de Anitápolis-SC e não sei qual a opinião de sua população sobre esse empreendimento. O pouco que sei é através do que leio na internet. E por meio da mesma fonte tenho conhecimento de relatório - já citado em postagem anterior - que demonstra que a exploração de fosfato naquele município pode trazer prejuízos incalculáveis a todo o manancial de água potável existente na região, podendo atingir, inclusive, a nossa Lagoa de Mirim.
Esses grandes empreendimentos como Anitápolis e o Estaleiro OSX estão deixando ambientalistas furiosos. E essa fúria não é originada somente na necessidade de se devastar áreas preservadas ambientalmente para a instalação desses projetos, mas principalmente nas falhas que eles contêm.
Para os ambientalistas, seria como se Santa Catarina fosse a bola da vez no Brasil a ser atingida por grandes problemas ambientais causados pelo desenvolvimento insustentável. E o medo que sentem é de que se volte ao tempo da ditadura militar, quando o governo, nos anos 70, divulgava no exterior o convite "venham nos poluir".
A época é outra. As leis são outras. Concordo. Mas... os políticos e as multinacionais de hoje são muito mais gananciosos. Todo cuidado é pouco!
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