A sensação de segurança como política estatal
Hoje, o Diário Catarinense publicou um artigo sobre viaturas da Polícia Militar que são colocadas em pontos da cidade de Florianópolis sem qualquer policial dentro delas. As viaturas são estacionadas pela manhã e recolhidas no final da tarde.
O chefe de comunicação social da PM informou que isso "aumenta a sensação de segurança da população."
Leitor, concordo com ele; em parte. O cidadão de bem, com certeza, passará por essas viaturas e acreditará que há segurança no local, pois não verificará se existem ou não policiais dentro delas. Os bandidos, por outro lado, sempre observam o local onde pretendem atuar, e certamente saberão se há ou não policiais dentro das viaturas.
Veja o que denunciou, mais uma vez, a Associação de Praças de Santa Catarina, conforme noticiou o DC: "O presidente da instituição, João da Costa, reclama da quantidade de efetivo desviada para outras funções. Nas ruas de Florianópolis, 500 homens se revezam nos turnos de serviço. Somente para cuidar dos prédio públicos, há 300. Muitos fazendo serviço de recepção e cuidando de estacionamentos."
Leitor, quando se debateu sobre o porte de armas, eu fui a favor da lei que está em vigor. Mas o que vemos diariamente nos jornais é que a população está desarmada, mas não os bandidos. As armas estão entrando no país sem que haja um controle eficiente e eficaz.
E ter lei como esta nos dá a sensação de segurança?
Para comparar com o fato noticiado no DC. Você gostaria de ter a sensação de que o dinheiro público é gasto com austeridade, com lisura, com transparência, com honestidade, ou deseja que realmente seja gasto observando-se todas essas condições?
Com tanta corrupção no país, eu gostaria apenas de ter a sensação de que a impunidade não existe; que os políticos corruptos seriam postos atrás das grades e devolveriam o dinheiro que surrupiaram dos cofres públicos. Nem isso eu tenho.
Com tanta corrupção no país, eu gostaria apenas de ter a sensação de que a impunidade não existe; que os políticos corruptos seriam postos atrás das grades e devolveriam o dinheiro que surrupiaram dos cofres públicos. Nem isso eu tenho.
No Brasil, é o cidadão de bem quem custeia e teme o sistema de segurança pública.
A pior sensação nessa história é a de ser enganado.
(a charge foi extraída do blog do Kaiser)
(a charge foi extraída do blog do Kaiser)
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