Por que uso um codinome?
Conforme prometi em minha coluna no jornal Popular Catarinense, informamei aqui os motivos pelos quais uso um condinome.
Não é de hoje que muitos colunistas ou escritores usam um pseudônimo ou codinome para assinarem suas críticas, ensaios, obras literárias e outros escritos. Cada um com seus motivos para isso.
Desde meus primeiros anos da adolescência, quando nossas mentes vão se abrindo para o mundo, passei a prestar atenção nas reclamações de meu pai contra o sistema, que naquela época era militar (o sistema, não meu pai). Passei, então, a me interessar por política, a ler sobre os governantes, mas, naqueles dias, os livros a que eu tinha acesso (porque nasci em família humilde) eram somente aqueles que o governo autorizava publicar. Nos livros da escola todos os políticos eram bons e só pensavam no bem do povo. Como foi bom ter acreditado em meu pai e não nos livros.
Na minha juventude, acompanhei os primeiros pasquins que foram publicados em Imbituba, que deram muita dor de cabeça para quem estava no governo. Naquele tempo, apenas a Rádio Difusora era o meio de informação de massa, que só divulgava o que era de interesse de quem estava no poder. Depois dos pasquins, dos quais, infelizmente não lembro dos nomes, mas sei que um era de Flávio Bergler, vieram outros trabalhos que já tinham um pouco da cara de um jornal.
Os primeiros jornais não tiveram vida longa. Uns morreram, outros ressuscitaram várias vezes, mas os que comemoraram mais aniversários foram o jornal Nosso Povo e o Popular, que ainda mantém suas publicações duas vezes por semana.
Durante todos esses anos, acompanhei, de certa forma, todo o trabalho desenvolvido por esses veículos jornalísticos. O modo de escrever, os tipos de matérias que eram publicadas, a parcialidade de cada um, as fofocas, a intrusão na vida privada das pessoas e não na vida pública delas, enfim, tudo que achavam que deveria ser notícia e não necessariamente o que o povo gostaria de ler.
Sei que as pessoas cobravam e cobram dos jornais locais um trabalho mais crítico contra os governos e políticos da cidade, mas talvez essas pessoas não conheçam o número de processos judiciais que tiveram início em razão de alguma matéria escrita em algum jornal. Não é fácil ser colunista ou jornalista por aqui, mesmo agindo com ética e responsabilidade.
Por essas e outras é que ao me propor a escrever uma coluna jornalística decidi por usar um codinome, para que o que eu escrevesse não tivesse do leitor a prematura e equívoca observação de que eu estivesse escrevendo algo em razão de minha condição social, política ou profissional. Exigir de mim, porém, uma independência para escrever é exigir o impossível. Algum leitor pode afirmar que é ele um ser independente? Sobre imparcialidade eu já escrevi sobre isso em outra postagem.
Uso um codinome porque sei os perigos e as armadilhas que qualquer um deve temer, quando passa a prestar um serviço como este à sociedade: divulgar, comentar e fazer críticas a fatos produzidos por políticos, poderosos ou cidadãos que possuam alguma proteção do Poder Público.
Uso um codinome porque, não faz muito tempo, Imbituba era tida como Sucupira, e a imprensa era perseguida com centenas de processos judiciais. Isso não quer dizer que hoje a imprensa esteja livre para atuar, mas houve grandes e importantíssimos avanços.
Uso um codinome porque se ainda hoje alguém pode ter a intenção de querer tirar meu blog do ar, o que faria, se desde o primeiro momento, soubesse quem eu era?
Uso um codinome porque isso aguça a curiosidade do leitor e se traduz num mistério que quase todos tentam desvendar, fazendo com que haja um incentivo a mais para que as pessoas queiram ler o que eu escrevo.
Uso um codinome (repito o que escrevi em outra postagem) porque nunca quis promoção pessoal, holofotes, microfones de rádios, ser candidato a algo ou ter algum prestígio político, até porque esse serviço – ou sacrifício – que faço, muito pelo contrário, só traz desprestígio e aumenta o número de inimigos.
Uso um codinome, mas não sou um anônimo e eu existo.
Conheço a Zimba, seus meandros políticos, as perseguições dos que se acham poderosos, as ameaças veladas e as muitas mazelas que permeiam a sociedade e o poder. Conheço porque sou imbitubense por natureza, sou imbitubense de coração e de alma, nascido e criado aqui.
Quero dizer que este blog sempre esteve à disposição de todos, quer sejam eles esporádicos ou assíduos leitores, amigos ou não.
Minhas críticas sempre foram baseadas na responsabilidade e todos os comentários injuriosos ou caluniosos enviados pelos leitores foram bloqueados por mim, apesar de saber que muitas vezes os leitores usam palavras ofensivas para expressar suas indignações com a situação que vivem.
Diante de todos os argumentos expostos, exijo que me respeitem como cidadão brasileiro e sempre defenderei a liberdade de expressão, ainda que tenha que ler ou ouvir algo contra mim, desde que expresso dentro da legalidade.
Não é de hoje que muitos colunistas ou escritores usam um pseudônimo ou codinome para assinarem suas críticas, ensaios, obras literárias e outros escritos. Cada um com seus motivos para isso.
Desde meus primeiros anos da adolescência, quando nossas mentes vão se abrindo para o mundo, passei a prestar atenção nas reclamações de meu pai contra o sistema, que naquela época era militar (o sistema, não meu pai). Passei, então, a me interessar por política, a ler sobre os governantes, mas, naqueles dias, os livros a que eu tinha acesso (porque nasci em família humilde) eram somente aqueles que o governo autorizava publicar. Nos livros da escola todos os políticos eram bons e só pensavam no bem do povo. Como foi bom ter acreditado em meu pai e não nos livros.
Na minha juventude, acompanhei os primeiros pasquins que foram publicados em Imbituba, que deram muita dor de cabeça para quem estava no governo. Naquele tempo, apenas a Rádio Difusora era o meio de informação de massa, que só divulgava o que era de interesse de quem estava no poder. Depois dos pasquins, dos quais, infelizmente não lembro dos nomes, mas sei que um era de Flávio Bergler, vieram outros trabalhos que já tinham um pouco da cara de um jornal.
Os primeiros jornais não tiveram vida longa. Uns morreram, outros ressuscitaram várias vezes, mas os que comemoraram mais aniversários foram o jornal Nosso Povo e o Popular, que ainda mantém suas publicações duas vezes por semana.
Durante todos esses anos, acompanhei, de certa forma, todo o trabalho desenvolvido por esses veículos jornalísticos. O modo de escrever, os tipos de matérias que eram publicadas, a parcialidade de cada um, as fofocas, a intrusão na vida privada das pessoas e não na vida pública delas, enfim, tudo que achavam que deveria ser notícia e não necessariamente o que o povo gostaria de ler.
Sei que as pessoas cobravam e cobram dos jornais locais um trabalho mais crítico contra os governos e políticos da cidade, mas talvez essas pessoas não conheçam o número de processos judiciais que tiveram início em razão de alguma matéria escrita em algum jornal. Não é fácil ser colunista ou jornalista por aqui, mesmo agindo com ética e responsabilidade.
Por essas e outras é que ao me propor a escrever uma coluna jornalística decidi por usar um codinome, para que o que eu escrevesse não tivesse do leitor a prematura e equívoca observação de que eu estivesse escrevendo algo em razão de minha condição social, política ou profissional. Exigir de mim, porém, uma independência para escrever é exigir o impossível. Algum leitor pode afirmar que é ele um ser independente? Sobre imparcialidade eu já escrevi sobre isso em outra postagem.
Uso um codinome porque sei os perigos e as armadilhas que qualquer um deve temer, quando passa a prestar um serviço como este à sociedade: divulgar, comentar e fazer críticas a fatos produzidos por políticos, poderosos ou cidadãos que possuam alguma proteção do Poder Público.
Uso um codinome porque, não faz muito tempo, Imbituba era tida como Sucupira, e a imprensa era perseguida com centenas de processos judiciais. Isso não quer dizer que hoje a imprensa esteja livre para atuar, mas houve grandes e importantíssimos avanços.
Uso um codinome porque se ainda hoje alguém pode ter a intenção de querer tirar meu blog do ar, o que faria, se desde o primeiro momento, soubesse quem eu era?
Uso um codinome porque isso aguça a curiosidade do leitor e se traduz num mistério que quase todos tentam desvendar, fazendo com que haja um incentivo a mais para que as pessoas queiram ler o que eu escrevo.
Uso um codinome (repito o que escrevi em outra postagem) porque nunca quis promoção pessoal, holofotes, microfones de rádios, ser candidato a algo ou ter algum prestígio político, até porque esse serviço – ou sacrifício – que faço, muito pelo contrário, só traz desprestígio e aumenta o número de inimigos.
Uso um codinome, mas não sou um anônimo e eu existo.
Conheço a Zimba, seus meandros políticos, as perseguições dos que se acham poderosos, as ameaças veladas e as muitas mazelas que permeiam a sociedade e o poder. Conheço porque sou imbitubense por natureza, sou imbitubense de coração e de alma, nascido e criado aqui.
Quero dizer que este blog sempre esteve à disposição de todos, quer sejam eles esporádicos ou assíduos leitores, amigos ou não.
Minhas críticas sempre foram baseadas na responsabilidade e todos os comentários injuriosos ou caluniosos enviados pelos leitores foram bloqueados por mim, apesar de saber que muitas vezes os leitores usam palavras ofensivas para expressar suas indignações com a situação que vivem.
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