Futuro do ensino universitário de Imbituba é tema de reunião

Leitor, recebi o texto abaixo e disponibilizo para você, embora seja provável que todo o conteúdo estará amanhã também em jornais e outras mídias. Mas trago com antecipação.
O título deste post também veio junto com o conteúdo:
O encontro serviu para que alunos e representantes da comunidade pudessem esclarecer dúvidas e fazer sugestões sobre a Extensão da Unibave no município

Lideranças do município de Imbituba se reuniram nessa segunda-feira (04) para discutir o futuro do Convênio do Centro Universitário Barriga Verde, a Unibave, em Imbituba. Participaram do encontro Representantes da Associação do Ensino Superior de Imbituba - Adesi, Porto de Imbituba, OGMO, CDL, ACIM, Prefeitura,professores, alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia, Coordenadores da Universidade, a APP da Escola de Educação Básica Henrique Lage, além do Reitor da Unibave, Celso de Oliveira Souza.

Instalada há 37 anos na cidade de Orleans e há 3 em Imbituba, a Unibave é uma importante instituição de Ensino que oferece cursos de graduação e pós-graduação à comunidade de toda a região sul do Estado. Porém, de acordo com o Reitor é preciso pensar em alternativas com sustentação financeira para a entrada de novos alunos na Extensão Imbituba.

Para isso, Celso apresentou na reunião os encaminhamentos que estão sendo feitos para manter os cursos em funcionamento já que para ele, o Ensino Superior é tão importante quanto a Educação Básica. “O município ficou muito tempo fora desse contexto e hoje estamos querendo suprir essa necessidade. Somos uma universidade comunitária e é difícil manter o funcionamento administrativo básico tendo que pagar contas e funcionários de maneira justa, oferecendo o que o aluno merece. Precisamos do apoio da comunidade para continuar em busca do crescimento”, disse o Reitor.

Celso acredita que Imbituba precisa de uma mobilização para melhorar e manter a estrutura de ensino universitário presencial, a exemplo de Orleans, onde a Unibave está sediada, que formou um patrimônio e o colocou à disposição da comunidade e das escolas públicas. “Tivemos uma reunião com a juíza da comarca de Imbituba, Naiara Brancher, e conseguimos o apoio do Poder Judiciário, agora será montada uma comissão para que os nossos problemas estruturais sejam resolvidos em curto prazo, inclusive com a oferta de novos cursos, como o de Direito, o que acredito que possa estar resolvido até o segundo semestre de 2012”, indicou.

O coordenador Pedagógico, Francisco de Oliveira, comentou que a Universidade, possui uma excelente qualidade de ensino, e que precisa da união de todos para que a instituição atraia mais alunos.

Para Gilberto Barreto, Coordenador Administrativo da Unibave e Vice-presidente da Adesi, falta muito pouco para a consolidação da Extensão Imbituba e com isso prosseguir para alcançar o objetivo maior que é a implantação da Universidade dos Lagos Catarinenses, a Unilagos. “Consolidar os apoios, ampliar o marketing e dar autonomia política à Universidade em Imbituba são condições essenciais para o desenvolvimento, pois temos a melhor qualidade de Ensino, os melhores acadêmicos e o apoio que precisa ser ampliado. A prefeitura, o Porto e a ACIM têm garantido ajuda e a partir de agora vai se reunir e estabelecer essas metas” concluiu Barreto.
Leitor, depois que se popularizaram os cursos a distância, são poucos os interessados em sentarem em um banco acadêmico todos os dias. Daí, acredito eu, a dificuldade de a Unibave atrair novos alunos. Particularmente, não acredito que um aluno de curso a distância consiga obter mais conhecimentos que um aluno de aulas presenciais. Mas, pela facilidade e comodidade, são esses cursos - que se transformaram em comércio - que estão conseguindo chamar a atenção de quem não possui curso superior.

Penso que a academia é relevante ao desenvolvimento sócio-educacional, porém, sem uma base escolar forte, chega-se capenga ao ensino superior e não se consegue extrair dele o conhecimento necessário para disputar vagas em bons concursos públicos ou até mesmo na iniciativa privada.
Observo que vem ocorrendo muito investimento nesse nível educacional, sem a devida contrapartida nas séries fundamentais, por serem públicas a quase totalidade das escolas.

(A edição e revisão do texto recebido é de responsabilidade da entidade divulgadora

3 comentários:

  1. O futuro do ensino (não só o Universitário) passa também pela existência de uma biblioteca pública com conteúdo atualizado para dar suporte aos estudantes. Mesmo na era da informática a leitura de bons livros é fundamental para a formação dos alunos. Fica a sugestão para formação de parceria entre o poder público e as universidades que atuam em nosso município. Atualmente nossa biblioteca municipal deveria ter seu nome alterado para "sebo". Não desmerecendo os sebos que certamente possuem exemplares mais modernos.

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  2. Fernando, não acredito que uma biblioteca, por si só, fará com que alunos recorram a ela. Primeiro, porque não temos um eficiente corpo docente que seja capaz de produzir leitores; segundo, porque os alunos querem saber de internet e os computadores que chegam às escolas não ficam disponíveis a eles, muito menos com acesso à rede. Então, só uma revolução pra mudar isso.

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  3. ENSINO SUPERIOR PÚBLICO GRATUITO PARA RICOS?

    O pior inimigo do povo brasileiro é a demagogia sem sentido, como é o caso da disseminação nas escolas e faculdades do preconceito ideológico que impede a implantação do Ensino Universitário Público Pago.

    A gratuidade indiscriminada favorece os que podem pagar, que utilizam boas escolas de base para que seus filhos estudem de graça nas universidades públicas, onde os professores ganham várias vezes mais que os do ensino fundamental e médio.

    Os pobres estudam em escolas de base públicas, em boa parte ruins, e trabalham para pagar o ensino superior em faculdade particular de segunda linha, limitando-os no mercado competitivo.

    Quem pode, que pague e contribua para que outro estude; quem não pode, que receba bolsa reembolsável e pague quando puder. Nos países que adotaram este modelo, as desigualdades sociais diminuiram muito, pelo simples fato de que os recursos para investimentos para a multiplicação das vagas são muito maiores.

    Nos EUA, todo ano formam-se 18 milhões de alunos de curso superior, ante pouco mais de 1,5 milhão de alunos no Brasil. Isso porque temos de contar com as faculdades privadas que geram mais vagas que o Estado. Só que elas se proliferaram às custas de quem sofre muito para pagar. Até a China já adotou o modelo anglo-americano, em 1998.

    Porém, enquanto no Brasil tivermos ensino universitário público com a gratuidade indiscriminada, com várias universidades públicas inúteis e com despesas extraordinárias; corporativismo doentio; com baixos salários no ensino de base, sem valorizar o mérito de alunos e professores, seremos eternamente um País do Futuro.

    RESUMO
    1) A gratuidade não tornou mais eqüitativa a educação superior, que se manteve como privilégio das camadas médias e altas da população;
    2) o aporte adicional de recursos para a Universidade com a cobrança de mensalidades permite melhorar a qualidade dos serviços acadêmicos que, de outra forma, custariam pouco ou nada, mas também teriam reduzido valor para seus adquirentes;
    3) o financiamento da instituição por parte do indivíduo criará uma situação de competição entre as Universidades, que repercutirá favoravelmente sobre a qualidade;
    4) não é possível financiar os estudos dos pobres com dinheiro dos ricos através de escolas particulares.

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