Teremos uma nova chuva de pedras em 2011?

Há um leitor do blog que vez ou outra envia-me emails abordando dois temas importantes, sendo um deles meteorologia. No final de 2009, ele encaminhou uma mensagem com uma previsão de temporais, mas não publiquei. A previsão concretizou-se.
Hoje, ele remeteu uma previsão nada agradável e espero que ela não se concretize.

Segue a mensagem:
Estava aqui me lembrando que certa vez fizeste um post em seu blog sobre o ano que teve granizo em Imbituba. Acho que não pode ser descartada a possibilidade de algo semelhante vir a acontecer em um futuro próximo. Os temporais do início da semana podem ser um prenúncio do que pode vir.
É preocupante a perspectiva de maior frequência de tempestades nestes últimos 4 meses de 2011. A tendência de incursões tardias de ar frio mais frequentes que o normal, em período do ano em que o ingresso de ar quente aumenta, agravará o risco de vendavais e granizo na Região Sul do Brasil.
Anos que tiveram episódios tardios de frio, como 2007 e 2008, registraram graves temporais no fim do inverno e na primavera. Em 2007, foi o granizo que causou mais prejuízos. Pedras gigantes, pesando até 300 gramas, caíram no Noroeste do RS. Em 2008, o vento trouxe muitos danos. Houve tornados no mês de setembro com danos estruturais severos na região de Tabaí. Em Santa Catarina, vários municípios registraram queda de granizo em setembro, como Irani (no Meio-Oeste do Estado), Palma Sola e Campo Erê (no Extremo-Oeste), além de Santo Amaro da Imperatriz e outros pontos da Grande Florianópolis.
Não raro, o comportamento da mesma estação nos Estados Unidos, um semestre antes, sinaliza o que pode ocorrer depois, aqui. Se serve de referência a primavera americana deste ano, marcada por uma das piores temporadas de tempo severo em décadas, os motivos para preocupação aumentam.
Segundo o INPE, o Brasil é o "país com a maior incidência de tempestades no mundo (cerca de 500 mil tempestades por ano)", sendo que as mais fortes representam 1% do total (algo em torno de 5 mil/ano). 

Segundo dados recentes divulgados na mídia nacional, deve aumentar o número de ocorrências de fortes tempestades no Brasil, cujo aumento seria proveniente do aquecimento global.
E mesmo que previsões sejam feitas com antecedência, os danos causados por esses eventos climáticos são praticamente inevitáveis, principalmente quando não estruturamos e projetamos nossas cidades visando minimizar os efeitos de catástrofes naturais.

Logo, é imprescindível que o desenvolvimento das cidades seja sustentável, pois, caso contrário, pagaremos o preço da ganância.

5 comentários:

  1. Sérgio e demais leitores do blog; não é novidade para aqueles que me conhecem que a meteorologia assim como a astronomia são ciências que consomem boa parte de meu tempo livre. Tenho algumas horas acumuladas de pesquisas e observações, então creio estar apto a dar meu pitaco nesse assunto.
    Creio ser perigoso demais qualquer previsão climática baseada em padrões de comportamento da natureza, pois sabemos que estamos atravessando um período de mudança climática NATURAL no globo terrestre. Alguns estudos apontam o deslocamento do campo magnético da terra como fator principal de tal mudança, e eu creio fielmente nessa hipótese. Como todos devem saber, o centro da terra é formado por chumbo e níquel derretido em constante ebulição e movimento, e isso gera o tal campo magnético de nosso planeta. Vale lembrar que sem esse campo não haveria a menor chance da vida de desenvolver no planeta. De alguns anos para cá, alguns estudos tem apontado uma mudança no comportamento e posicionamento desse campo magnético, que funciona como "filtro solar" da terra. Já é conhecido também os efeitos dele sobre o clima, assim como os efeitos do Sol. O norte magnético não é mais o mesmo de a 10 anos atrás, e a cada ano que passa ele se move cerca de 33 metros. De outro lado temos o sol, que tem um ciclo de atividades de 11 em 11 anos, onde ele passa por mínimas solares e máximas solares. Estamos atualmente na máxima solar, que indica grande número de manchas solares e em consequência disso, maior fluxo de EMC (ejeção de matéria coronal). Tudo isso influência muito para as mudanças, mas não impõem um padrão no comportamento do clima. Altera sim, principalmente no hemisfério sul onde temos uma falha no campo magnético. Contudo incontáveis mudanças dentro do planeta não permitem a formação de padrões, pois sabemos bem que a natureza está em contante mutação, ou seja, da forma que ela é hoje, não foi ontem e não será amanhã. Há influência do homem? Também. Então veja, prever tempestades baseando-se em padrões não é confiável, e Oxalá que a previsão acima não se concretize, mas caso aconteça, será coincidência.
    Abraços.

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  2. Recebi duas mensagens do autor do texto acima publicado, no qual ele disse o seguinte:

    "A propósito, aparentemente disseste no twitter que o frio deve continuar até meados do mês. Bem, não será de modo constante. Modelos de previsão climática insistem em fortíssimo calor no domingo com máximas de 34ºC a 36ºC no Centro e Oeste do Rio Grande do Sul, e Oeste de SC. No litoral o calor deverá atingir seu ápice na segunda-feira, por volta dos 29 graus em Imbituba. Voltando a refrescar - e chover - na terça."

    Já em complementação ao texto, disse ele:

    "De todo modo, a titulo de curiosidade...
    http://i.imgur.com/lTfZT.jpg
    Apesar do atual ciclo solar está em ascensão na sua atividade, é menos do que os anteriores. E não duvido que em poucos anos vejamos um novo mínimo de Dalton (1800-1830).

    Considerando que a Oscilação Decadal do Pacifico está em sua fase negativa que colabora na maior ocorrência de La Niña, acho que em 5 anos estaremos entrando novamente em uma Pequena Idade de Gelo. Já que os fatores que favoreceram o aquecimento desde a década de 80 (atividade solar em alta e Oscilação Decadal do Pacifico em fase positiva) inverteram a tendência de temperatura do planeta.

    Ciclos naturais são responsáveis pela maioria ou totalidade das mudanças climáticas em andamento. Ao menos, esta é a minha opinião de leigo em climatologia."

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  3. Sérgio, não sei quem seria o autor desses emails, mas uma coisa sei, leigo ele não é, definitivamente. Ele citou um fato que vem preocupando os cientistas do mundo todo, que é o comportamento do Sol. Esperava-se para esse novo ciclo solar (ciclo 24), uma atividade maior que a que vemos acontecer, e seu ápice estava previsto para final de 2012 (nenhuma analogia com a profecia Maia, por favor!), contudo não foram observadas ainda formações de 200 ou mais manchas solares, o que era comum em outros ciclos de ascensão solar. Desde seu inicio tivemos apenas 2 black-outs observáveis em comunicação via HF, com pouquíssimos minutos de duração.
    Com relação a mini era do gelo, isso eu já venho falando a uns 10 anos que estamos muito próximos de presenciar uma espécie de micro glaciação da Terra, processo NATURAL, sem quaisquer interferência dos homens, fruto de um ciclo natural previsível, mas não preciso, pois como eu disse no comentário anterior, não podemos nos dar ao luxo de prever eventos climáticos baseando-nos em padrões. Um típico exemplo disso é o comportamento do nosso astro Rei, que parece hibernar se comparado as previsões para o ciclo solar 24. De qualquer forma, mudanças estão acontecendo, e estamos presenciando isso, e creio que em no máximo 10 anos testemunharemos a força real da natureza aplicada ao clima desse pálido e minúsculo ponto azul que gira ao redor de uma pequena estrela.
    Abc.

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  4. Alisson, nem eu sei quem ele é, mas também sei que leigo não é mesmo. E bem por isso publiquei a mensagem que ele me enviou.
    Convidei-o em 2009 para escrever sobre climatologia no blog, mas ele declinou, por alguns motivos justos.

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  5. Poxa, uma pena que ele tenha declinado do convite, mas, se foi por motivos justos é compreensivo. De qualquer forma, acredito que poderíamos aprender muito com ele aqui.
    Forte abraço e bola pra frente.

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