Recebi matéria da assessoria de imprensa da prefeitura municipal informando das ações conjuntas realizadas por algumas secretarias municipais que objetivam caçar e destruir os temidos caramujos africanos (Achatina Fulica), os quais, há alguns anos, vêm causando medo na população do bairro Nova Brasília.
Conforme o texto recebido, a "Secretária de Saúde informou que já foi realizado um mutirão no bairro com a participação das agentes comunitárias, vigilância sanitária, agentes de combate à epidemias e população, onde, além de se identificar os pontos mais críticos, as pessoas foram orientadas a como se deve manejar e eliminar o caramujo. Léa destacou ainda que foram distribuídos tonéis em pontos estratégicos para armazenar os caramujos apanhados nas residências e posteriormente recolhidos pela Secretaria de Saúde e incinerados."
"A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente irá fiscalizar e notificar as pessoas que tiverem terrenos baldios em estado de sujeira. 'Este problema é responsabilidade de todos e cada um deve fazer a sua parte', enfatizou a Secretária de Saúde."
Segundo a assessoria, "nesta quinta-feira (20), às 20 horas, no Centro Multiuso no bairro de Nova Brasília, a equipe da Secretaria de Saúde irá realizar uma reunião junto a comunidade para passar maiores informações e orientações."
Leitores, o problema em questão não é particular a Imbituba. Os tais caramujos se alastraram por vários Estados do Brasil, levando as prefeituras a organizar campanhas de guerra contra o molusco. Em rápida pesquisa na internet é fácil encontrar inúmeras notícias sobre a infestação, inclusive na
Capital catarinense.
Mas o que fazer para combater esses bichinhos langanhentos?
Pesquisando para escrever sobre o assunto, encontrei algumas matérias falando do moluscicida
Metarex, desenvolvido na França, e que teria sido produzido para atuar especificamente na exterminação do caramujo africano. Algumas cidades catarinenses já usaram esse produto, como Joinville, Navegantes e Corupá. O pesticida tem venda liberada no Brasil, de acesso permitido à população.
Na matéria que li sobre esse produto, foi ouvido o secretário da Associação dos Controladores de Pragas de Santa Catarina (Acprag), Denilson Lehn, que informou que "Se a infestação não for muito alta, uma caixa dá para uma área do tamanho de um campo de futebol."
Essa matéria foi publicada em 2009 e o preço do produto ficava em torno de R$ 20,00. Hoje, um saco de 1kg varia entre R$ 35,00 e R$ 50,00.
Denilson explicou como é utilizado e como age o produto: "O produto é uma espécie de isca, que o caramujo come. Uma isca dá até para três bichos, que morrem em no máximo 24 horas após engolirem. Uma segunda aplicação é feita na semana seguinte. A principal vantagem desse produto é evitar o trabalho sem fim de servidores públicos e moradores, que precisam buscar e queimar os caramujos. Interrompemos a reprodução. E, com o que sobra da casca, é possível fazer adubo, não é mais preciso queimar."
Como se trata de veneno, é necessário saber se a aplicação do produto não poderá trazer riscos maiores às pessoas e ao meio ambiente, tendo em vista que o fabricante alerta para
vários cuidados a se ter na utilização do pesticida, dentre eles a não aplicação em locais de fácil acesso a crianças e animais.
O produto são grânulos de cor azul, parecidos com pequenas balas, o que pode, pela aparência, enganar qualquer criança.
Diante dessas informações, seria interessante que as secretarias de Imbituba envolvidas no controle dessa praga mantivessem contato com a associação ou prefeituras mencionadas acima para saber se o Metarex é mesmo eficaz contra o caramujo africano e se a aplicação do produto é segura. E se esse contato for feito, solicito que eu seja informado sobre o resultado obtido, para ser divulgado neste blog.
Para quem quiser saber mais sobre o assunto e como proceder para a coleta dos caramujos, acesse os links abaixo:
(
a foto do topo do post é do fotógrafo Fabrício Escandiuzzi, para o portal Terra;
a segunda foto é do blog Folha República)
Pena, quando entrevistei o prefeito Beto Martins, no dia 07 de janeiro, durante um intervalo informei a ele sobre a infestação do molusco em Nova Brasília. Ele no dia se mostrou surpreso, pois não havia sido informado sobre o fato. De imediato ele solicitou a sua acessoria que entrasse em contato com a secretária de saúde do minicípio para que fosse providenciada medidas de combate a essa praga. Desde então um trabalho vem sendo feito pela secretária de saúde e a população. Fora distribuidos vários tonéis para recolhimento do molusco, porém isso gerou um outro problema hoje. Recebi 2 ligações na rádio informando que está insuportável abrir os tonéis para colocarem mais desses animais, pois o cheio dos animais já podres está forte. Amanhã haverá uma reunião aqui em Nova Brasília com a população a os orgãos responsáveis pelo combate ao caramujo africano. Esperamos que os tonéis sejam recolhidos ainda hoje.
ResponderExcluirAbraços
Alisson Raniere Berkenbrock