Na noite de ontem, o vereador Dorlin Nunes Júnior (PSDB) encaminhou ofício à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores informando sua renúncia como líder do governo.
O ofício foi lido pelo secretário, vereador Elísio Sgrott (PP), cujo teor publico neste blog, pois entendo que se trata de um fato político relevante.
A renúncia do vereador Dorlin parecia já estar sendo escrita na sessão do dia 05/07, quando ele expôs seu descontentamento com o Poder Executivo, que não atendia as suas reivindicações feitas em plenário.
Eu nada falei acerca desse episódio político porque ainda não havia publicado a sessão na qual o vereador Dorlin manifestou seu inconformismo. Ontem, ao assistir à sessão, gravei a leitura da renúncia apresentada, que transcrevo abaixo:
Senhor Prefeito, como é de conhecimento deste Poder Legislativo e divulgado na mídia local, nas últimas sessões tenho expressado meu descontentamento com o governo municipal, em vista das proposições apresentadas por este vereador e que não estão sendo atendidas pelo Poder Executivo, nem sequer recebia respostas após os encaminhamentos procedidos nesta Casa.
Meu inconformismo, diante dessas circunstâncias, não traduz uma oposição ao prefeito que ajudei a eleger, nem ao governo com o qual contribuí da melhor forma possível para que governe para a população imbitubense.
A tradução de minha irresignação denota simplesmente minha opinião e o exercício do cargo de vereador para o qual fui eleito por significativo número de eleitores.
Todas as minhas proposições objetivavam atender às necessidades da população, e vários projetos e indicações mereciam a urgência que o povo deseja, quando se trata de bem-estar social.
Ante minhas atribuições e obrigações como vereador deste município, não posso me furtar de cumpri-las, independentemente se o prefeito é ou não do meu partido ou de mesma coligação partidária. Posso externar isso claramente porque em toda a minha vida política sempre agi dessa forma. Portanto, não são palavras demagógicas, muito menos hipócritas!
Consoante minhas opiniões e posições políticas entendo que não há como conciliar, nesse momento, as funções de vereador e as de líder do governo, o qual ocupei por longos três anos e sete meses. E para que não seja feita leitura diversa dos meus atos como vereador e político, renuncio à liderança do governo nesta Casa para que eu possa exercer o cargo de vereador com toda a liberdade que a lei me ampara e com todo o empenho que o povo deseja, mantendo-me, assim, coerente com meus ideais.
Espero que esta situação sirva para que todo o governo reflita sobre a condução de suas pastas, e que a Câmara de Vereadores possa continuar contribuindo como sempre o fez, de forma a atender de forma plena os anseios dos imbitubenses.
Vamos aguardar quem será o novo líder de governo na Câmara de Vereadores.
Gostei de ver, até que fim que um vereador tomou uma atitude com inércia do Executivo.
ResponderExcluirQue este fato sirva de exemplo aos demais membros da Câmara Municipal, bem como seja um meio do Executivo apreciar mais rápido as indicações e projetos de lei dos vereadores.
As vezes temos que "chutar o balde" para ver mudanças.
Um forte abraço,
Lindinha
Gostaria de cumprimentar o vereador Dorlin por sua atitude.
ResponderExcluirLindinha
Uma democracia precisa de poderes fortes e independentes, e o Poder Legislativo de Imbituba infelizmente não é, falta muito para que isso se torne realidade. É lamentável ver os parlamentares, na totalidade serem fiel aos interesses políticos e econômicos do Poder Executivos. O que está acontecendo na Câmara Municipal, é que o trabalho dos edis cada vez fica mais distante do verdadeiro papel do vereador. O vereador deve ser independente, atuante, polêmico, e deve ter a coragem de concordar com o que achar certo e discordar do que achar errado. Deve agir com sabedoria, conhecimento e desarmado de ódios ou rancores. Deve também fiscalizar o dinheiro público, os atos do prefeito, denunciando as coisas ilegais ou imorais, pois vocês são os fiscais do dinheiro público e representante do povo. Vereador Dorllin, você não deveria expressar seu descontentamento somente pelas proposições apresentadas e que não são atendidas, mas pela falta do desenvolvimento humano do nosso município.
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