Vereador Jesiel pede mobilização urgente contra o crack

Leitores, estou preparando vários posts para que todo dia você tenha publicação nova para ler. A escassez de postagens nesta semana é em razão dessa preparação de matérias. Sei que o leitor sempre procura algo novo e se decepciona quando acessa o blog e não há nada.

Para não deixá-los sem nada por mais tempo, falarei sobre a droga que está sendo vista como o mal do século: o crack.

O título desta postagem faz parte do texto destacado abaixo, que foi remetido pela assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores:

Uma praga que vem assolando todas as cidades do Brasil parece estar cada vez mais forte também em Imbituba. Mas para evitar que o mal se espalhe por toda a cidade, o vereador Jesiel Oliveira Antulino (PSDB) solicitou que a câmara se engajasse em uma campanha urgente no combate ao crack.

“O crack vem dominando os lares de Imbituba e do Brasil. É uma grande epidemia que antigamente atingiam só os meninos de rua, mas que hoje está em todas as classes sociais”, destaca o vereador.

“Para evitar essa proliferação em nossa cidade, temos que começar a combater esse mal com campanhas enérgicas, que orientem os imbitubenses a se manterem longe desse mal que destrói a família e a vida de milhares de pessoas” frisa o vereador.

Jesiel esteve reunido com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), subseção de Imbituba, César de Oliveira, onde conversaram sobre uma possível parceria para iniciarem uma grande campanha na cidade. “O legislativo tem que abraçar essa causa e tomar a iniciativa. Uma das grandes campanhas hoje é a do grupo RBS que tenho a certeza pode ser uma grande parceira para livrarmos Imbituba desse mal. Precisamos levantar esta bandeira e conto com o apoio dos vereadores”, acredita o vereador.

Jesiel, esse mal já se espalhou por Imbituba. O consumo é grande e atinge todas as camadas sociais e todas as idades. O carck está destruindo famílias inteiras e não há cura para o problema; pelo menos em curto prazo. Há três bairros em Imbituba em que o problema é mais grave, pois há mais consumidores e traficância.

Hoje, a droga mais vendida em Imbituba é o crack. E numa comparação simbólica da nocividade entre o uso das drogas maconha e do crack, a primeira está para a segunda assim como a cerveja está para a vodka.

Não sei se as consequências desse mal atingem mais a segurança pública ou a convivência familiar. O aumento de furtos e roubos é proporcionalmente direto ao aumento do consumo e da oferta de drogas.

Os usuários completamente dependentes da droga acabam sem emprego e se enveredam para a criminalidade. Não tendo como sustentar o vício, passam a cometer pequenos furtos ou até roubos, e a cadeia não resolve o problema. Ao sair, voltam à criminalidade.

No âmbito familiar, pais e mães não sabem como lidar com o problema, haja vista que não há políticas públicas para atacar esse mal, muito menos clínicas para internação dos dependentes. As poucas que existem acessíveis à população não possuem vagas suficientes para atender à demanda. Outras que possuem vagas são muito caras para a maioria das famílias que pede socorro.

Recentemente, enviei um email à secretaria estadual de saúde solicitando informações sobre o consumo de drogas em Imbituba. Nenhuma resposta. E acredito que não há nenhuma pesquisa ou levantamento sobre isso. O Estado não deve ter nenhum dado sobre quais as cidades possuem mais usuários de crack per capta. E, por não ter isso, é que não há qualquer política pública para enfrentar o agravamento da situação. Não sabem por onde começar.

Com o crescimento rápido de Imbituba e a promessa de milhares e milhares de empregos, para cá deslocam-se centenas de pessoas, e boa parte delas sem qualquer formação profissional, juntando-se aos que por aqui já esperam ansiosos por uma vaga que só existe na esperança.

E ao chegarem, na ilusão de nova vida, fixam residência na periferia e abraçam o subemprego. Desiludidos e sem perspectivas, muitos desses contribuem para o crescimento do número de usuários de crack, quando não vislubram a possibilidade de ser "contratado" pelo tráfico.

Eu sugiro ao vereador Jesiel e aos demais vereadores para que fossem mais criteriosos no momento de votarem por auxílios financeiros às entidades ditas de utilidade pública. Esse dinheiro, que não é pouco, poderia ser destinado à criação de uma fundação para atender dependentes químicos e seus familiares, ou ser direcionado para as que já prestam verdadeiros serviços de utilidade pública.

E em vez de muitas vezes ficarem perdendo tempo com proposições desnecessárias ou redundantes, discutam mesmo como poderão contribuir para diminuir esse grave problema que é o crack. Saibam que ninguém em Imbituba está a salvo das consequências desse mal. E essa causa não pode ter bandeira, nem cor, nem partido.

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