Para onde vai o dinheiro da saúde?
Nesta semana, a Folha de São Paulo divulgou tristes dados sobre o destino da verba que deveria ser aplicada na saúde pública.
A Constituição Federal determina que 12% da arrecadação dos Estados devem ser aplicados em saúde, mas não é isso que está acontecendo no Brasil, que não causa surpresa nenhuma aos brasileiros.
Sob o título "Verba da saúde paga almoço de preso e farda", a Folha destacou que 16 Estados brasileiros, dentre eles Santa Catarina, desviaram, em 2007, para outras finalidades, o montante de R$ 3,6 bilhões, suficiente para a construção de 70 hospitais. Os governos que mais desviaram dinheiro foram RS e MG, que aplicaram apenas 3,75% e 7,09%, respectivamente.
Os Estados aplicaram o dinheiro em áreas que não eram de saúde pública, mas informaram que essas áreas tinha relação com saúde. Segundo a Folha, "O Rio, por exemplo, contabilizou como gasto em saúde os restaurantes populares e a despoluição da baía de Guanabara. O Paraná incluiu o uniforme de policiais militares e a merenda das escolas. Minas Gerais calculou um programa de financiamento da casa própria. Goiás, a ampliação da rádio, da TV e da gráfica estadual." Outros exemplos citados pela Folha dizem respeito a investimento desse dinheiro em "tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família."
E denuncia a Folha: "Os governadores que desrespeitam a norma, porém, jamais são punidos. O mínimo de 12% entrou na Constituição no ano 2000, pela emenda constitucional 29. O problema é que o texto é genérico e deixa margem para que Estados e seus Tribunais de Contas façam interpretações subjetivas. Com a baía de Guanabara limpa, por exemplo, argumenta o Rio, menos pessoas adoecem.
Um projeto de lei que diz exatamente o que é investimento em saúde e também o que não é está em análise no Congresso Nacional. A tramitação se arrasta desde 2002.
Com o objetivo de orientar os governantes, o Conselho Nacional de Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, aprovou uma resolução com os mesmos termos do projeto de lei. O texto, porém, não tem força de lei."
Mas o desvio não ocorre somente nos Estados. "O problema é que o mau exemplo vem de cima. O próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.", ressaltou-se na matéria divulgada.
Essa falta de respeito para com o contribuinte deve ocorrer em centenas ou milhares de municípios brasileiros, para o mal do povo e infelicidade geral da Nação.
(a foto, meramente ilustrativa, é do site jornale.com.br)
A Constituição Federal determina que 12% da arrecadação dos Estados devem ser aplicados em saúde, mas não é isso que está acontecendo no Brasil, que não causa surpresa nenhuma aos brasileiros.
Sob o título "Verba da saúde paga almoço de preso e farda", a Folha destacou que 16 Estados brasileiros, dentre eles Santa Catarina, desviaram, em 2007, para outras finalidades, o montante de R$ 3,6 bilhões, suficiente para a construção de 70 hospitais. Os governos que mais desviaram dinheiro foram RS e MG, que aplicaram apenas 3,75% e 7,09%, respectivamente.
Os Estados aplicaram o dinheiro em áreas que não eram de saúde pública, mas informaram que essas áreas tinha relação com saúde. Segundo a Folha, "O Rio, por exemplo, contabilizou como gasto em saúde os restaurantes populares e a despoluição da baía de Guanabara. O Paraná incluiu o uniforme de policiais militares e a merenda das escolas. Minas Gerais calculou um programa de financiamento da casa própria. Goiás, a ampliação da rádio, da TV e da gráfica estadual." Outros exemplos citados pela Folha dizem respeito a investimento desse dinheiro em "tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais do estilo Bolsa-Família."
E denuncia a Folha: "Os governadores que desrespeitam a norma, porém, jamais são punidos. O mínimo de 12% entrou na Constituição no ano 2000, pela emenda constitucional 29. O problema é que o texto é genérico e deixa margem para que Estados e seus Tribunais de Contas façam interpretações subjetivas. Com a baía de Guanabara limpa, por exemplo, argumenta o Rio, menos pessoas adoecem.
Um projeto de lei que diz exatamente o que é investimento em saúde e também o que não é está em análise no Congresso Nacional. A tramitação se arrasta desde 2002.
Com o objetivo de orientar os governantes, o Conselho Nacional de Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, aprovou uma resolução com os mesmos termos do projeto de lei. O texto, porém, não tem força de lei."
Mas o desvio não ocorre somente nos Estados. "O problema é que o mau exemplo vem de cima. O próprio Ministério da Saúde, que também tem investimentos em saúde pública fixados pela Constituição, deixou de aplicar R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.", ressaltou-se na matéria divulgada.
Essa falta de respeito para com o contribuinte deve ocorrer em centenas ou milhares de municípios brasileiros, para o mal do povo e infelicidade geral da Nação.
(a foto, meramente ilustrativa, é do site jornale.com.br)
Nenhum comentário:
Seu comentário não será exibido imediatamente.
Para você enviar um comentário é necessário ter uma conta do Google.
Ex.: escreva seu comentário, escolha "Conta do Google" e clique em "postar comentário".
Caso você deseje saber se seu comentário foi respondido ou se outros leitores fizeram comentários no mesmo artigo, você poderá receber notificação por email. Para tanto, você deverá estar logado em sua conta e clicar em Inscrever-se por email, logo abaixo da caixa de comentários.
Eu me reservo ao direito de não aceitar ou de excluir parte de comentários que sejam ofensivos, discriminatórios ou cujos teores sejam suspeitos de não apresentar veracidade, ainda que o autor se identifique.
Comentários que não tenham qualquer relação com a postagem não serão publicados.
O comentarista não poderá deletar seu comentário publicado sem que haja justificativa relevante. Caso proceda assim, republicarei o teor deletado.
As regras para comentar neste blog poderão ser alteradas a critério do editor, o qual também poderá deletar qualquer comentário publicado, mediante justificativa relevante, sem prévio comunicado aos leitores/comentaristas.
Você assumirá a responsabilidade pelo teor de seu comentário.
Este espaço é livre e democrático, mas exerça sua liberdade com responsabilidade e bom senso!