Liberdade
Para Aristóteles, liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, por decisão própria e ato voluntário, sem ser constrangido ou forçado por nada ou ninguém.
Jean-Paul Sartre em sua obra O ser e o nada entende que a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Segundo ele, mesmo quando julgamos estar sob o poder de forças externas mais poderosas do que nossa vontade, nossa escolha é uma decisão livre porque outras pessoas na mesma situação não se curvaram nem se resignaram. Logo, lutar contra a corrupção, contra o mau atendimento em bancos, exigir respeito ao servidor que nos atende em uma repartição pública, é uma decisão exclusivamente nossa e temos total liberdade para agir ou nos omitir.
Para os adeptos do Estoicismo, liberdade não é escolher e deliberar, mas agir ou fazer alguma coisa em conformidade com as leis da natureza, para o bem da natureza. Destaque-se que aqui natureza engloba matéria (Razão) e divino (Divindade).
Espinosa (1632-1677) e Hegel (1770-1831), entendem que liberdade é existir e agir segundo nossa força interna que exprime o que somos, o que sentimos e o que pensamos.
Finalmente, temos a liberdade como possibilidade objetiva, ou seja, a liberdade é a capacidade para perceber que o curso de uma situação pode ser mudado por nós e o poder para realizar aquelas ações que mudem o curso das coisas, dando-lhe outra direção ou outro sentido.
Para refletir: o que é liberdade? Para que serve a liberdade? Somos realmente livres?
Na minha opinião, a liberdade deve andar de mãos dadas com a tolerância.
ResponderExcluirLembrando que ser tolerante é totalmente diferente de ser permissivo.
Desta forma, lutar contra a corrupção, as injustiças e o mal atendimento descritos acima no texto está totalmente de acordo com os conceitos de liberdade e de tolerância.
Sejam livres! Sejam tolerantes! Combatam a permissividade!
Parabéns pelo texto!
Arthur C. Ladenthin
"Aquilo que te liberta, te escraviza." Já pensou nisso?
ResponderExcluirMuito bom seu blog. Parabéns pelo conteúdo.
Abraços
Arthur, mais uma vez, agradeço por sua visita e, mais ainda, por sua opinião.
ResponderExcluirMama Nunes, agradeço pelo elogio. Estou fazendo minha parte como cidadão e tentando fazer com que mais pessoas acreditem que elas podem e devem ser mais responsáveis para com a cidade, cuja responsabilidade implica somente em participar e discutir as ações políticas dos governantes, como também assumir seus deveres na sociedade em que vivem. A postagem de César de Oliveira nos leva a pensar nisso: depende de nós a mudança.
Quanto a sua questão sobre escravidão, ela é muito intrigante. Na minha opinião, e diante do texto, cada um tem a liberdade de escolher o seu senhor.
"Caro Arthur, perfeita sua leitura. Ser tolerante significa suportar que o "outro" tem o direito de ser como é ou ter sua própria opinião. Muito diferente de ser permissivo, que é ser conivente com atos e comportamentos imorais e antiéticos, muitas vezes apenas para não ser tachado de intolerante.
ResponderExcluirPrezada Mama Nunes, a respeito da sua afirmação: a religião liberta e escraviza? O conhecimento liberta e escraviza? As leis libertam e escravizam? Milhões de questionamentos podem ser feitos e o resultado da reflexão, certamente, representará um passo em direção de nosso aperfeiçoamento".