Museu do Porto e da Cidade de Imbituba: a história da usina

Hoje, recebi um comentário do leitor Cândido Pedro Jorge. E por entender tão importante as informações que ele continha, decidi transformá-lo em um post. Cândido enviou o comentário para a postagem que publiquei no dia 10 de maio de 2009, intitulada A memória de Imbituba no esquecimento.

Esta postagem vem complementar aquela e reforçar a necessidade de preservação desse patrimônio histórico de Imbituba.
Sei que há muitas pessoas na cidade que não se importam em preservar esses prédios, mas acredito que a maioria delas admira o que é preservado em outras cidades, como Laguna.

Vamos ao texto do leitor:
Vasculhando meus arquivos, encontrei algumas informações das quais transcrevi uma síntese da historia do Museu do Porto e da Cidade de Imbituba, que talvez ajude no esclarecimento de algumas dúvidas de leitores postadas neste blog.

O Museu do Porto e da Cidade de Imbituba, acha-se localizado no prédio da antiga Usina Termoelétrica pertencente ao acervo patrimonial do Porto de Imbituba.

Tratava-se de uma usina que utilizava a queima de carvão para a geração de energia elétrica, necessária ao funcionamento das instalações do Porto e da cidade de Imbituba, que funcionou no período 1923 a 1963.

O detalhamento destas informações, segundo dados disponíveis no Patrimonio da CDI-Companhia Docas de Imbituba, indicam que a usina teve sua construção iniciada em 1917 e ampliada em 1949.

Foi desativada em 1963, quando a CDI, que era a empresa responsável pela geração e distribuição de energia elétrica de nossa cidade, passou a adquirir energia elétrica da antiga SOTELCA - Sociedade Termelétrica de Capivari, empresa subsidiária da antiga Companhia Siderúrgica Nacional.

A usina achava-se montada em edifício especialmente construído, com amplo pé direito, constituindo-se em sólida construção formada por três corpos principais, além de uma chaminé especial com 40 metros de altura, hoje demolida.

Foi construída sob plano previamente estudado, possuindo porão para o recolhimento das cinzas, de onde partia um túnel (ainda existente) para recolhimento delas.

Também no porão ficavam a sala dos equipamentos de condensação do vapor e o túnel para adução e retorno da água da lagoa, necessária à geração de vapor.

Está localizada nas margens da atual Ferrovia Theresa Cristina, da Lagoa da Bomba e ao lado da extinta Indústria Cerâmica Imbituba.

O Prédio e instalações foram doados ao PRESERVE e transformado em Museu do Porto e da Cidade de Imbituba, em 1988, pelo então Diretor e Administrador do Porto, o Engº Gilberto Barreto.

Sendo o PRESERVE subordinado à antiga Empresa de Portos do Brasil S. A. – PORTOBRAS, extinta em 1990, o referido museu ficou fechado e sem conservação. Isto causou acelerada deterioração da edificação e instalações existentes e permitiu que a ação de vândalos dilapidasse um patrimônio tão valioso de nossa História.
Leitores, muitos objetos de valor histórico imensurável foram furtados do Museu do Porto, causando um prejuízo enorme para a memória da cidade. Os poucos que sobraram foram guardados na Companhia Docas de Imbituba.
Hoje, o local é usado pelo Grupo Teatral Desmontagem Cênica como oficina e apresentações teatrais.

(a foto é de César de Oliveira)

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