Enquanto Imbituba possui praias limpas...

Leitores, recebi ontem um email da advogada ambientalista Ana Echevenguá, a qual conheci através deste blog e já publiquei alguns artigos dela.

Nesse email recebido, ela encaminhava matéria divulgada pelo ótimo site Porto Gente, cujo teor apresenta sua indignação com o Poder Público, que atua sem observar a legislação.

E essa omissão, creio eu, tem o único objetivo de preservar os interesses da indústria do turismo em Florianópolis e os interesses dos donos e apadrinhados da CASAN, quando deveria preservar a saúde da população e dos turistas.

Segue a matéria:

Florianópolis tem 59,38% das praias impróprias para banho
Texto publicado em 25 de Fevereiro de 2011 - 01h06

Vera Gasparetto de Florianópolis/SC

 Foto: Wilson Cancian (Florianópolis)
Um dos destinos mais concorridos de turistas brasileiros e, principalmente, estrangeiros, está com as suas praias comprometidas. Relatório de balneabilidade do litoral catarinense, divulgado no dia 18 de fevereiro, aponta para a gravidade das condições do mar nas praias de Santa Catarina. A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) identificou que só em Florianópolis 59,38% das águas estão impróprias para banho.


O alto índice de chuvas foi apontado pelos técnicos da Fatma como agravante da situação, pois eleva o lençol freático e propicia a drenagem de contaminações dos sistemas individuais de tratamento. Além disso, promove uma limpeza em rios, valas e tubulões, prejudicando os poucos sistemas públicos de coleta e tratamento de esgoto.
O monitoramento da balneabilidade em águas para recreação é determinado pela Resolução 274/2000, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A reportagem do Portogente circulou por alguns dos pontos impróprios e não identificou sinalização de “imprópria”. A advogada ambientalista Ana Echevenguá vê o fato como um caso de saúde pública que exigiria a interdição das praias impróprias para banho. “Temos um documento público, elaborado por um órgão estatal, comprovando a falta de balneabilidade da praia. É prova suficiente para impedir o acesso a ela”.

Foto: Roberto Scola/ClicRBS

A praia de Jurerê, por exemplo, apresenta grande quantidade
de lixo e de problemas estruturais nas passarelas

Para o diretor técnico da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Fabio Krieger, a questão da falta de rede coletora de esgoto implica em lançamento diretamente nos córregos, rios e mar, contribuindo para piora nos índices de balneabilidade.
O secretário municipal de Turismo de Florianópolis, Márcio de Souza, não respondeu às solicitações do Portogente sobre o assunto.

Leitores, Imbituba começa a se expandir... para os lados e pra cima. Recentemente, projeto de lei do Poder Executivo municipal aprovado pelos vereadores alterou o Plano Diretor do município autorizando a construção de prédios com até 8 andares, cujo primeiro prédio, imediatamente à aprovação do projeto começou a ser erguido na Rua Manoel Florentino Machado, próximo a uma das entradas do Porto de Imbituba.

No final da sessão da Câmara realizada na última segunda-feira, ouvi um comentário no sentido de que já há interessados em construir um prédio de 20 andares no Centro.

Evidentemente que ninguém vai conseguir - ou querer - enfrentar a força do capital dos investidores e delimitar um número de andares permitido para edificação, possibilitando-se à cidade respirar facilmente. Contudo, minha preocupação maior é: será que a rede de esgotos implantada pela Casan terá capacidade futura para receber os dejetos de uma população concentrada maciçamente no Centro, evitando que a Praia da Vila (1ª foto) seja poluída? O bairro Centro possui condições de infraestrutura para suportar esse rápido crescimento vertical, sem prejudicar agressivamente o meio ambiente e a qualidade de vida de seus moradores?

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