Taxistas em pé de guerra

E a luta continua, taxistas! Um projeto de lei do Executivo, que está sendo elaborado, tem deixado esses profissionais em desespero, em razão do fato de que suas vagas não serão mais passadas de pai para filho. Um projeto sobre esse serviço já esteve perambulando na Câmra de Vereadores, em 2007, mas diante da polêmica – creio eu – foi retirado da pauta.
Os taxistas têm hoje apenas uma permissão para exploração do serviço.

Explicando rapidamente a questão, leitores, o fato é que, por lei, o serviço de táxi, assim como o que é prestado por empresas de ônibus, é de concessão estatal, ou seja, o Estado autoriza os interessados em explorar o serviço, mediante lei e após licitação para a concessão desse serviço. Como o transporte em questão é municipal, a obrigação e a competência do trato da matéria é do município.

Interessante nessa discussão é que o município não está fazendo nada ilegal, mas mesmo assim muitas pessoas, até quem não é taxista, vê nisso um absurdo. Na semana passada, um radialista comentou que a prefeitura queria tirar as vagas dos taxistas e dar para quem eles (políticos) queriam. São essas besteiras ditas pelas ondas do rádio, como muitas outras ditas nas TVs e jornais que levam a população a ver erros em acertos.

Já está ficando tarde demais para essa questão ser resolvida de uma vez por todas. Do mesmo modo, a questão das empresas de ônibus. No meu entender, embora haja um contrato medíocre entre prefeitura e a Santo Anjo da Guarda, assinado no governo de Osny Souza Filho, quando o município recebeu apenas ONZE MIL REAIS para que essa empresa explorasse o povo serviço durante VINTE ANOS, esse contrato pode ser anulado judicialmente, pois foi extramamente danoso ao município, nessa concessão. De igual forma, a empresa Imbitur não pode explorar o transporte coletivo, pois não possui concessão municipal para esse serviço, embora a prefeitura tenha “permitido”.

Então, penso que a prefeitura está no caminho certo, no sentido de abrir licitação para os serviços de táxi, assim como tem o dever de resolver a questão do transporte coletivo de passageiros. E essa resolução tem de partir da Procuradoria-Geral do município ou do Ministério Público.

Esse negócio de passar de pai para filho é fato que não se pode mais aceitar, quando vivemos em um país democrático, em cuja Constituição prevê direitos iguais para todos. Situação igual existia, não faz muito tempo, nos sindicatos portuários e nos cartórios.

Pelo que li no jornal O Popular, na edição de sexta-feira (15), querem dar um jeitinho na lei, de modo que o taxista possa ter um “motorista auxiliar”. Ora, isso nada mais é do que aquelas brechas deixadas na lei e que todo mundo reclama, quando não é a seu favor. Permitir motorista auxiliar é a mesma coisa que permitir que o taxista venda seu ponto a terceiros, através de um contrato de “gaveta”. É burlar a essência da lei. É querer fazer sem nada mudar!

6 comentários:

  1. Falando em táxi, acho que primeiro tem que ser revisto as últimas concessões para a exploração do serviço de táxi, principalmente aquelas da administração do Osni, quando o centro de Imbituba quase todo se tornou em um um imenso estacionamento de táxi, ou melhor vagas para estacionar táxi...... será que a intenção de muitos é a só adquirir carros novos com redução de impostos e após o prazo legal revendê-los e comprar outro, assim por diante, obtendo renda com isso e prejudicando todo uma população....

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  2. Leitor, TODAS as permissões para exploração do serviço serão incluídas em um processo licitatório, quer sejam elas procedidas antes ou depois do governo Osny. Nesse processo, serão indicadas quantas vagas serão necessárias para atender à população e onde serão essas vagas. As que não entrarem no processo serão extintas.

    É possível observar que há pessoas na cidade que utilizam automóveis com placas de aluguel e não são utilizados como táxi. Não se sabe se esses táxi estão ocupando ou não vagas em Imbituba. Penso que isso poderia ser investigado pelo Ministério Público, pois creio ser ilegal

    Obrigado por sua participação.

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  3. Ora, se tem um táxi neessáriamente tem que ter um ponto de táxi, uma vaga, sendo exatamente o que me referi no comentário anterior. O sujeito tem um táxi, carro com placa de aluguel, placa vermelha, e efetivamente não utiliza tal carro para o trabalho de táxi, mas a vaga dele (ponto) está lá ocupando um espaço na via pública, impedindo de outros carros estacionarem naquele local, o centro de nossa cidade tá vira apenas em vagas para táxi.....

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  4. Leitor, eu não tinha entendido seu comentário. Agora, entendi.
    E quando eu expressei em meu comentário de que não se sabe se esses táxi estão ocupando ou não vagas em Imbituba, referi-me à possibilidade desses veículos estarem cadastrados como táxi em outras cidadeses.

    Obrigado por retornar ao blog.

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  5. Boa tarde. leitores.Gostaria de esclarecer essa situação em que vivem os taxista de Imbituba.
    No dia 29 de fevereiro do ano de 1996, foi aprovado na Camara Municipal de Imbituba a lei 1.649. Essa lei foi aprovado pelos vereadores que neste ano estavam legislando na Camara e hoje alguns continuam como Vereador. Pois bem a lei 1.649 da todo o direito aos taxista de transferir sua conseção para meeira/erdeiros e particular.
    Veja você que nós não estavamos fazendo nada contra a lei e muito menos a prefeitura, pois estavam sendo cumprido a lei municipal. Agora depois de 13 anos o novo mandatario quer mudar novamente a lei, proibindo de se fazer algumas transferencia para seus familiares. Onde fica a parte social, pois se o taxista não tem mais condições de dirigir seu altomóvel, pois se encontra doente, o que essa família vai sobreviver sem um ganho. Onde ficou os 20,30,40 anos que trabalhamos como taxista. Por isso pedimos respeito a nossa classe. Pois temos o nosso dever , mas temos os nossos direitos.
    muito obrigado. jose . c. teixeira

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  6. Leitor, não sei se você é quem diz ser (José C. Teixeira), mas postei mesmo assim seu comentário, porque não há nada que me impeça de publicá-lo.
    Só tenho duas perguntas a fazer a você: como os taxistas sobrevivem nas cidades em que se respeita a Constituição Federal? Por que em Imbituba isso não seria possível?

    Obrigado por sua participação.

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