Está faltando ética e responsabilidade

Leitor, na era das redes sociais, da ditadura do politicamente correto, da polêmica sobre o controle social da mídia, da discussão a respeito do que deve ou não ser dito ou escrito, de ser honesto ou se envergonhar por sê-lo, parece que ser esperto - o jeitinho - é o combustível para se dar bem na vida e diante da sociedade, que não mais recrimina tais atitudes e espera a sua chance de agir igualmente.

Há anos que cobro da imprensa local atitudes éticas e compromissadas com a qualidade das notícias, e, principalmente, com a verdade.

A imprensa do "copia e cola" se transformou na regra do jornalismo local.

Abastecer-se de notícias para atingir inimigos políticos, em troca de dinheiro público que financie jornais e rádios não envergonha mais ninguém que está por trás dos veículos de comunicação e se utilizam desses mecanismos. A população ignora tudo isso, como se não fosse algo tão nocivo, pois perdeu a capacidade de pensar sozinha.

Na política, chegou-se a um ponto que a sociedade já pensa em jogar a toalha, porque não acredita em mais ninguém, nem no futuro. Trocar atores não mudará a situação, pensam os eleitores. É a triste realidade da desesperança. E a única coisa que faz, contrariando suas próprias e pobres críticas, é esperar tudo do Estado, como se ele pudesse resolver todos os problemas da sua vida, mesmo sabendo que esse mesmo Estado não consegue mais suprir nem o básico necessário. O Estado faliu. A sociedade está apática.
O cidadão tem de assumir suas responsabilidades ou continuará pagando pela sua omissão.

Creio que está faltando muito mais ética que qualquer outra coisa no país. A corrupção é algo que nunca será debelada, mas temos, pelo menos, que reduzi-la. E é o cidadão, a imprensa e políticos, através da ética, que poderão mudar esse cenário. Um cidadão ético, uma imprensa ética, políticos éticos.

Deixo aqui um vídeo de pouco mais de três minutos que resume o que devemos fazer para mudar a realidade em nosso país. É um dos tantos vídeos que você poderá encontrar no YouTube, do Doutor Mário Sérgio Cortella.

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