A boataria infame e a imprensa irresponsável


O boato que circulou na cidade, nos últimos dias, a respeito de fato que teria ocorrido em uma lanchonete da cidade, fez com que eu propusesse na rede social Facebook um ato publico contra o jornal O Popular Catarinense. Explicarei o motivo ao longo deste artigo.

A boataria fez com que o advogado Luiz Dário Rocha, amigo do proprietário da lanchonete, fosse até a Radio Bandeirantes, no dia 25, informar ao público que o que se divulgava de boca em boca era mentira.
Não tive a oportunidade de ouvir a entrevista, mas me disseram que houve declarações emocionadas de pessoas que ligaram para a rádio, indignadas com o tal boato.

Na quarta-feira (24), tomei conhecimento de uma das versões do boato, que se pode resumir da seguinte forma: o dono da lanchonete teria flagrado, através de filmagem, um dos seus empregados ejaculando dentro de tubos de maionese. O empregado, que já estava sendo vigiado há dias, teria sido preso e demitido. 
De pronto, disse à pessoa que me narrava tal absurdo que isso era inverídico. Que não passava de um boato maldoso.

Na quinta-feira (25), uma das publicações em minha página no Facebook foi desmentir a boataria. O conteúdo da publicação foi compartilhado por várias pessoas, que também se solidarizaram com o drama vivido pelo proprietário da lanchonete, que não sabia o que fazer para cessar tais boatos.

Na sexta-feira (26), surpreendi-me com a nota no jornal O Popular Catarinense, escrita por Carlos Perdigueiro, intitulada "Tava se masturbando na maionese recheada hum!!!" Nela, o referido colunista narrava o boato a sua maneira, usando uma linguagem chula e informando que o caso já havia chegado à justiça.
Essa nota deixou-me muito indignado, fazendo com que eu voltasse ao Facebook e escrevesse:

Se já era ruim, ficou pior o jornal PC com a nova contratação. Na primeira edição da coluna já traz uma mentira absurda. Aquele tal Perdigueiro, que já fazia um programa pra lá de ruim na rádio, divulgou o boato sobre a maionese e ainda disse que a justiça está tomando providências. Mentira! Não há nada, além de boatos. Acho que está na hora de fazermos uma manifestação pública contra esse jornal.

Minhas palavras, nesse primeiro momento, parecem ter ecoado na rede social fazendo com que várias pessoas se colocassem à disposição para participarem dessa manifestação. E, diante do apoio recebido, o proprietário da lanchonete aceitou minha sugestão de realizarmos o ato em seu estabelecimento comercial. A ideia é marcar uma data e reunir os interessados nesse protesto. Mas o que vamos protestar? Protestar por uma imprensa responsável, séria, que cumpra seu objetivo de bem informar, eximindo-se de dar publicidade à boataria ofensiva e à infâmia. 
Evidentemente que o maior objetivo da manifestação é levar o maior número de pessoas à lanchonete, em solidariedade ao seu proprietário, para demonstrar que tudo o que foi divulgado era mesmo fruto das más índoles que perambulam pela cidade.

No início do ano passado, escrevi um artigo que recebeu centenas de acessos. Critiquei a imprensa local. E acredito que ninguém nunca havia feito isso, publicamente. Para quem não leu, deixo o linkImprensa de Imbituba precisa de um banho de ética, decência e responsabilidade
O que se pode perceber com a referida nota publicada no jornal O Popular Catarinense é que continua existindo nos meios de comunicação locais pessoas que não têm qualquer compromisso com o que é jornalismo. E quem já não se surpreendeu de forma negativa com alguma outra nota infame nesse jornal falando implicitamente da vida privada das pessoas? A quem interessa esse tipo de jornal? Para que serve essa imprensa? O que esperar dela, senão a disseminação discórdia, da aflição e desgraça entre pessoas ou famílias inteiras? Não podemos mais conviver com isso e temos que dizer NÃO a esses indivíduos que integram a imprensam local.

Bem, leitor, eu gostaria que os interessados em participar dessa manifestação pública enviassem mensagem para minha página no Facebook ou para o email deste blog confirmando a participação. Preciso saber quantos somos, para que possamos levar esse ato adiante. Se você acredita que essa manifestação será um ato inócuo, pense na possibilidade de ser você a próxima vítima da imprensa.

11 comentários:

  1. Eu estarei presente Sergio, é só me comunicar o dia. Sugiro que os empresários do bem não publiquem e nem comprem este jornal; que as pessoas de bem não comprem nas empresas que publicam anúncios nesse jornal e por última sugestão apresento a ideia de procurarmos um meio de mover uma ação popular contra o jornal e o jornalista, pois a próxima vítima podemos ser nos.

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    1. Ainda estou motivado, mas não acredito que um número expressivo de pessoas comparecerão. Virtualmente, é muito fácil reclamar. Fora das redes sociais, encontrar alguém que queira mesmo fazer algo é muito difícil.

      Sua proposta é interessante e hoje eu ainda conversei com um empresário que foi procurado pelo jornal, para fazer propaganda. Eu não sugeri que ele parasse de divulgar sua empresa no jornal, mas de exigir maior responsabilidade e qualidade no que se publica.

      Juridicamente, a ação popular não cabe nesse caso. O melhor mesmo seriam atos públicos como o que estou sugerindo.

      Agora, advirto sobre uma coisa. Não duvide que eu, pessoas ligadas a mim ou qualquer outro cidadão seja a próxima vítima do jornal, em razão de atitudes e opiniões contra esse periódico.

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  2. Simplesmente não dá para entender qual o motivo que leva uma pessoa a um comportamento tão torpe em espalhar um boato desta natureza. Muito menos em aceitar que seja disseminado por veículos de comunicação, desvirtuando desse modo o seu papel com a sociedade. Isto é pura irresponsabilidade e insanidade.

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    1. Cândido, é bem possível que o comentário tenha surgido por brincadeira ou mal entendido, o que já seria reprovável. Criar boato dessa natureza, pior ainda. Mas a imprensa se enveredar pela boataria é completamente inadmissível. Ainda que não tenha identificado o nome do estabelecimento, conseguiu com a nota repugnante dar credibilidade à boataria, podendo afetar maleficamente a lanchonete, pois nas conversas sobre o tal boato, todos sabiam a qual estabelecimento se referia. Caberia uma retratação, mas não o fez. Irresponsabilidade!

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  3. Já mandei vários e-mails, e fiz telefonemas pra falar com um certo "repóter", por por publicar inverdades em algumas de suas notícias para promover uma certa pessoa. Até hoje não obtive respostas. Uma vergonha.

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    1. Juan, não vejo interesse por parte do jornal na interação com o leitor. Não espere resposta. Não as terá.

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  4. Nao há como processá-los, o jornal e o repórter, por publicarem inverdades? Até mesmo no Brasil há leis, nao? Só quando o bolso "sente" eles entendem.

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    1. Minha ex-colunista, primeiramente, peço desculpas pela demora em responder seu comentário. E estenderei o pedido aos demais leitores que também comentaram.

      Quanto à possível ação, tenho informações que o proprietário da lanchonete ainda pretende ajuizá-la.

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  5. Para poder falar alguma coisa de concreto a pessoa tem que ter provas, sobre o nosso amigo da Lanchonete dou todo o meu apoio, e que sejam punidas as pessoas que acusam sem prova, mas está questão contra o jornal popular está me cheirando um pouco questão política, sou de Imbituba e nem siquer votei este ano no pleito para Prefeito e vereadores de nossa cidade, mas como gosto de saber da noticias de nossa cidade através deste blog, também gosto de saber a noticia através do J. o Popular, portanto questões de competencia de profissionalismo cabe ao leitor saber o que é bom ou ruim, e não ser istruido por uma midia ou Até mesmo blog que por muitas vezes gosta de pousar de bonzinho para se promover, pois muitas vezes o assunto não e a noticia em sí, mas sim o lucro que será de retorno, quero afirmar perante este blog que estou com o nosso amigo da lanchonete e que sejam punidos o acusadores sem provas.

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    1. Emanuel, não sei onde você está vendo "questão política" nisso, e o ato pretende exigir responsabilidade do jornal. Não verás de minha parte, durante o ato, se acontecer, qualquer insulto ou infâmia, como vem acontecendo no jornal.

      Quanto ao posar de bonzinho para se promover, não sei ao quê referes essa afirmação, muito menos com referência a lucro.

      Já com referência a ser "instruído", a formação de opinião é resultado de qualquer mídia e participa quem quiser. Assim como promoveram a irresponsabilidade, podemos promover e exigir ética jornalística. Ou não podemos?

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  6. Emanuel Batista, nos comentários o único que apresenta sugestões para coibir os abusos cometidos sobre a proteção da dita "Liberdade da Imprensa" sou eu. Devo te esclarecer que não sou político militante.Não estou e nunca fui filiado a qualquer partido político do município. Tenho amigos em todos eles e nas eleições exerço meus direitos de eleitor e participo ativamente da campanha, apoiando os candidatos que julgo ser os melhores para a cidade. Nestes 22 anos que aqui estou votei em candidatos de todos os partidos, inclusive do PT. de quem hoje sou adversário ferrenho. Por outro lado leio todos os jornais da região, Notisul, Diario do Sul, Diario Catarinense e até os jornais que surgem por ocasião das campanhas, com o intuito de formar uma opinião com base em notícias que são transmitidas por profissionais que estão, ou deveriam estar, bem informados.Leio sobre tudo,e o que acho interessante divulgo em minhas páginas da WEB. Leio também o jornal em questão e a muito tempo não consigo aproveitar muita coisa.Para não me prolongar muito, solicito que vejas novamente meu comentário, principalmente o final, onde eu alerto: "...a próxima vítima poderá ser nós". Pois é meu amigo, nesta semana já tem um nova vítima e acredito que em breve surgirão outras. Caro Emanuel, não são notícias, são calúnias que ofendem pessoas de altíssima moral, decência e honestidade.Eu julgo que se o jornal permite esta sequência de insultos e calúnias, seja ele co responsável. Se estou errado me diga.

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