As alianças políticas em Santa Catarina de olho nas próximas eleições estaduais começam a tomar corpo. De um lado, compondo a tríplice aliança, PMDB/DEM/PSDB, que pretendem manter a mesma coligação com o objetivo de se manterem no poder, onde estão há quase 8 anos. Na outra banda, PT e PP tentam formar um casal cujos padrinhos são Lula e Dilma Rousseff.
Em decorrência dos fatos policiais que jogaram no turbilhão da mídia o nome de Leonel Pavan (PSDB), este já não possui o mesmo apoio que tinha para assumir, em abril, o cargo de governador, e a aliança tríplice esmoreceu.
Eis que surge, então, a "Força Municipalista".
Prefeitos de inúmeros municípios ligados ao triângulo partidário se unem na missão de salvar a assunção de Pavan ao governo do Estado, tentando com isso cumprirem acordo assumido nas eleições de 2006: Luiz Henrique sai e Pavan assume o governo. Essa renúncia deveria ocorrer em janeiro deste ano, porém, por conta do indiciamento de Pavan na
Operação Transparência desencadeada pela Polícia Federal, ela não ocorreu.
O plano do PSDB era eleger Pavan em outubro, contando com sua visibilidade ao assumir o governo e tendo ao seu lado o apoio de PMDB e DEM, enquanto todos apoiariam Luiz Henrique para assumir uma vaga no senado.
O envolvimento do nome de Pavan em caso investigado pela Polícia Federal mexeu em tudo isso, e o plano do PSDB torna-se mais difícil de ser posto em prática. E não só isso. A própria tríplice aliança torna-se frágil. E é essa tal "Força Municipalista", encabeçada por Ronério Heiderscheidt (PMDB) (prefeito de Palhoça), Eduardo Pinho Moreira (PMDB), Raimundo Colombo (senador-DEM), João Paulo Kleinubing (DEM) (prefeito de Blumenau), Milton Hobus (DEM) (prefeito de Rio do Sul), Dário Berger (PMDB) (prefeito de Florianópolis), Wanderlei Agostini (DEM) (prefeito de Curitibanos), e José Roberto Martins (PSDB) (prefeito de Imbituba), que tenta dar sustentação ao plano anteriormente traçado.
Ontem, na residência de Pavan, esses e outros políticos reuniram-se para prestar apoio e traçar as estratégias políticas para que o vice-governador assuma o governo do Estado.
As próximas reuniões serão realizadas em Curitibanos, no próximo dia 22; e, em março, em Chapecó, no dia 1º, em Jaraguá do Sul, dia 8, em Blumenau, dia 15, em Imbituba, dia 22, e o último encontro será em Palhoça, no dia 31.
Na reunião de ontem, o prefeito José Roberto defendeu que a tríplice aliança, seja quem for o candidato ao governo, deve respaldar a candidatura de Serra à presidência da República.
Diante dessa defesa do prefeito de Imbituba, ficam duas perguntas: se o PMDB nacional está pleiteando a vaga de vice na chapa encabeçada por Dilma Rousseff (PT), o PMDB estadual não apoiaria a provável candidatura de Michel Temer (PMDB)?
O PMDB catarinense conseguiria explicar aos eleitores de SC a decisão de apoiar Serra (PSDB) e não Michel Temer?
A única certeza é que para os caciques dos partidos tudo é explicável, tudo é justificável. Entretanto, nunca aceitam a manifestação de apoio de seus filiados a outros políticos não indicados por eles, ainda que de mesma sigla partidária.
A máxima é: faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
(
foto: Jéferson Baldo - fonte: Adjorisc)
Vamos deixar de analfabetos políticos.
ResponderExcluirVivemos em outros tempos.Hoje a noticia esta dentro de todas ou maioria das casas. VAMOS VOTAR CERTO, Olhando o passado de cada candidato, e mais ver com quem estão.Vou usar um chavão muito antigo."ME DIGAS COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS"
CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE.
VAMOS APRENDER VOTAR PARA QUE TENHAMOS O GOV QUE MERECEMOS. Depois de eleito não adianta ficar falando mau nos pontos de ônibus e bares , até mesmo em casa se estressando com o governo que tem. não vai adiantar chorar depois, pq a educação esta ruim a saúde em decadência.