Processo de cassação: e agora, Governador?
Diante das duas cassações havidas, dos governadores dos Estados do Maranhão (Jackson Lago) e da Paraíba (Cássio Cunha Lima), eu não acredito que a sentença seja diferente ao governador catarinense. E, com base nessas mesmas decisões, caso seja condenado, deverá assumir o 2o. colocado das eleições de 2006, Esperidião Amin, o qual já deu declarações, no ano passado, que não deseja assumir o governo nessa situação.
Na verdade, não há certeza de quem assumirá o governo, haja vista que ainda se fala em recursos judiciais, endereçados ao Supremo Tribunal Federal-STF, de modo a anular as decisões que determinaram que os candidatos que ficaram em 2o. lugar naquelas eleições devam assumir o governo, como foi o caso de José Maranhão, na Paraíba, e Roseana Sarney, no Maranhão.
Agora há pouco, eu estava lendo no Estadão on line que o STF deve definir de vez, em breve, se assume o segundo colocado ou se faz eleições indiretas, ou até mesmo novas eleições diretas.
Por tudo que já ouvi, mas ainda não li em lugar nenhum, se Luiz Henrique fosse cassado e as eleições para escolha do novo governador fosse indireta, ou seja, uma eleição entre os deputados estaduais, Júlio Garcia (DEM) seria o novo governador, em razão de seu relacionamento com os demais deputados, quando Presidente da Assembléia Legislativa.
Mas por que o PMDB votaria nele? Bem, um dos motivos, na minha visão política, foi o salvamento do cargo de Paulo Afonso Vieira (PMDB), quando era governador. Júlio não votou com seu partido e safou Paulo Afonso da guilhotina. Além disso, Júlio possui bom relacionamento com o PMDB.
Caso o STF mantenha o segundo colocado para assumir o cargo, não tenho dúvidas de que Amin não assumirá, como declarou, mas deve deixar a cadeira para o seu vice de chapa, Hugo Biehl (PP), renunciando para isso.
Não acredito que, nessas alturas do campeonato, o STF decida, para agora, que haja novas eleições.
Mas, nesse imbróglio jurídico e eleitoral nunca visto no Brasil, não acredito que a saída de Luiz Henrique seja rápida, se for cassado. Recursos, recursos e recursos devem protelar sua estada na cadeira de governador, como vem fazendo desde o ano passado, para um desconforto administritativo para Toda a Santa Catarina. Afinal, ter um governador com a corda no pescoço por longo tempo, aguardando a possibilidade de o banquinho ser empurrado ou não, deixa a instituição governamental funcionando precariamente, com os nervos à flor da pele.
Na minha opiniao o PMDB e a sua triplice alinca ja esta desgastada mesmo sem cassacao de Luiz Henrique.
ResponderExcluirAs SDR sao verdadeiros cabides de emprego,sao salas entupidas de funcionarios,alguns ate meio sem graca de nao ter o que fazer, esperando o dia passar em suas confortaves cadeiras e ambientes climatizados.
Para quem nao acredita basta fazer uma visita nestas SDRs.
O povo nao acredita mais na triplice alinca, como um governo que faz.Ate mesmo quem ja votou neles por duas eleicoes seguidas.
Eu nunca estive numa SDR, mas já ouvi muito isso que você falou, leitor. E, pelo que já li nos jornais, como também ouvi em conversas com políticos, a situação é essa mesma: cabide de emprego! Pelo que ouvi, quase nada se resolve lá, dependendo sempre do "poder central"!
ResponderExcluirMas vou te confessar uma coisa. Penso que nenhum outro governador acabará com esse cabide, quer seja ele da situação ou oposição. Pegar um governo com o cabideiro pronto não há nada melhor. É só ir trocando as calças e as saias! Infelizmente.
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Eu conheço a SDR da minha região. Não vejo como cabide de emprego. O que vejo são muitas obras acontecendo no interior e isso tem acontecido graças a descentralização. São dezenas de escolas reformadas, ampliadas e construídas. Professores com formação continuada, como nunca se viu antes, pois as formações ocorrem para muitos e na nossa região.Só não ve quem não quer.
ResponderExcluirLeitor, você não informou à qual região se refere. Sua visão pode ser diferente da minha, assim como a sua região também pode ser.
ResponderExcluirQue obras podem estar acontecendo aí, eu não posso duvidar por nem sei qual a região, mas, se você olhar bem, vai constatar que aí, quanto em qualquer outra SDR, tem gente sobrando. E você leu aquela notícia no Diário Catarinense sobre as diárias gastas em cada SDR?
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