A patética pesquisa do PT

Leitor o artigo a seguir foi publicado hoje no editorial do jornal O Estado de São Paulo. Transcrevo parte dele.

"Depois do segundo triunfo do presidente Lula nas urnas, apesar do fardo do mensalão que ele carregava, líderes tucanos começaram a se perguntar por que o partido não havia conseguido capitalizar contra o seu principal beneficiário o que até então constituía o maior escândalo político da democracia brasileira. A esse fracasso se somou outro: o definhamento do PSDB no Congresso Nacional. Em 1998, na esteira da consagradora reeleição do presidente Fernando Henrique, a legenda viu a sua bancada na Câmara dos Deputados ampliar-se de 62 para 99 cadeiras. Com o advento da era Lula, porém, começou o longo declínio tucano: os 99 caíram a 70 em 2002 e a 66 daí a quatro anos.

Na esperança, afinal frustrada, de pelo menos estancar a hemorragia em 2010, um perplexo dirigente paulista da agremiação propôs numa reunião o que poderia se revelar um primeiro passo em busca da luz no fim do túnel. Por que, perguntou ele aos interlocutores, não encomendamos uma pesquisa para saber o que o eleitorado gostaria que fosse o nosso programa? O tucano decerto não se deu conta de que isso representaria uma abdicação: embora pesquisas periódicas sobre políticas que mexem com o sentimento popular tenham se incorporado em toda parte às práticas partidárias, o que se espera de uma sigla é que seja capaz de persuadir o público de que as suas propostas são as que mais bem atendem o interesse geral. A isso se chama liderança.

A ideia, logicamente, não foi adiante. Serve, em todo caso, como lembrete de que não há partidos imunes a iniciativas cujos autores podem achar o máximo da modernidade, mas que são apenas patéticas. Agora, quem diria, o inimigo mortal dos tucanos, o PT, resolveu perguntar aos brasileiros por que se tornou tão mal-amado. O fato, em si, é inconteste. Não só a presidente Dilma Rousseff escapou por muito pouco de ser desalojada do Planalto - obtendo uma vitória eleitoral que não a poupou de sair politicamente derrotada da campanha -, como o partido retrocedeu em todas as disputas. No primeiro turno do pleito presidencial, a sigla teve 4,3 milhões de votos a menos do que em 2010. Na segunda rodada, a perda foi de 1,2 milhão, embora nesses quatro anos tenham surgido 7 milhões de novos eleitores.
No ABCD paulista, onde nasceram o PT e a CUT, Dilma só derrotou Aécio Neves em Diadema - e por uma diferença aquém de 8%. A bancada federal petista encolheu de 88 para 70 membros. As bancadas estaduais, de 149 para 108. A agremiação não conseguiu reeleger nem o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que não chegou ao segundo turno, nem o do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que chegou, mas acabou goleado. O estigma de promotor da corrupção que o partido fez por merecer, a fadiga de amplos setores do eleitorado com 12 anos de poder petista, a virtual estagnação econômica e, não menos importante, a percepção da incompetência da presidente explicam a rejeição ao petismo, que chega a ser avassaladora em São Paulo." (continue lendo direto na fonte - clique aqui)

Leitor, o Partido dos Trabalhadores transformou-se em sinônimo de censura, ditadura e corrupção no País. Continuar votando nesta sigla é, muito além de um equívoco sem perdão, um risco sem limites à economia e ao desenvolvimento sócio-educacional no Brasil. Não importa quem seja o candidato vinculado a esta sigla. O que importa é o risco da própria sigla no poder.

Nos palanques de 2010 e 2014, Lula berrou nos palanques incentivando os eleitores a pôr fim à oposição ao governo do qual ele fez e faz parte. É estranho que alguém que por dezenas de anos esteve na oposição e teve seu direito de lutar pela manutenção dessa oposição, desejar, agora, quando está no poder, extirpar a oposição do cenário político e democrático do País. Para sua decepção, o PT encolheu e deverá continuar encolhendo nas próximas eleições, em razão de sua ganância pelo poder e pelo dinheiro público apoiada pelo seu principal cúmplice: o PMDB.

Acreditava Lula que o povo brasileiro sempre o olharia como o salvador da Pátria, o Messias que a Nação sonhara. Hoje, os brasileiros mais atentos o veem como o homem que, em poucos anos, tornou seu filho um milionário através do tráfico de influência. O político que falava em democracia e liberdade e hoje defende a censura da mídia e o fim da oposição. O homem que queria acabar com a corrupção e transformou seu partido no motor propulsor do maior esquema de corrupção já visto no País. Ele credenciou para a presidência uma mulher que conseguiu ser uma das piores presidentes que o Brasil já teve. Juntos, mentiram para a Nação. Forjaram números estatísticos para enganar os brasileiros e fazê-los acreditar que o Brasil navegava em mares tranquilos da economia. O País naufragou na primeira semana após a eleição presidencial.

Infelizmente, milhões de brasileiros ainda tentam se agarrar às mentiras divulgadas pelo governo, na vã esperança que tudo que está sendo publicado na imprensa não passe de um golpe promovido pela "direita" e pelas "elites". Nem todo ser humano tem a humildade de aceitar e dizer "eu fui enganado". O pior, porém, é descer ao nível da estupidez de acreditar no que não mais se sustenta. É querer permanecer ludibriado.

Mas como disse Abraham Lincoln, "Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo."

Eu acredito que os brasileiros deixarão de crer que o PT não é e nunca foi a panaceia que disse ser. Eu confio que o eleitor acordará dessa hipnose e verá que a solução para o Brasil não é acabar com a oposição, mas, sim, derrotar o messianismo criado pelo PT.
Nós, eleitores, contribuintes, temos que entender e defender que o governo deve servir aos seus governados e não o contrário.
Temos que ter consciência plena que o governo não está produzindo nada mais além de corrupção e prostituição política, tudo pago com o nosso dinheiro ou debitado na "conta futuro". E o mais importante: temos que enxergar quem está patrocinando tudo isso.

(O título deste artigo é o mesmo utilizado no editorial do jornal O Estado de São Paulo)

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